Os metalúrgicos da Avibras estão vivendo dias de insegurança em relação aos empregos e salários. Por isso, realizarão uma manifestação nesta terça-feira (6), às 9h, em Jacareí, cobrando da empresa e do poder público medidas que garantam a regularização salarial e emprego para todos.
Devem participar do ato, principalmente, os trabalhadores da Avibras que estão em layoff. O prazo para o fim da suspensão dos contratos encerra-se no dia 29 de setembro para mais de 500 trabalhadores, com estabilidade somente até dezembro. O Sindicato defende que a empresa adote um sistema de rotatividade, dividindo os funcionários em grupos dos que permaneçam em layoff e dos que ficarão na fábrica.
Além da ameaça de perderem os seus empregos, desde março os trabalhadores estão convivendo com constantes atrasos salariais. Em julho e agosto, os salários não foram pagos. A Avibras está em recuperação judicial, mas essa condição não a isenta de cumprir suas obrigações trabalhistas.
A concentração do ato será na subsede do Sindicato dos Metalúrgicos de Jacareí (Rua José de Medeiros, 80, Centro). Em seguida, haverá uma passeata pelo centro da cidade.
Medidas para preservar empregos
O Sindicato defende que o Governo Federal invista na compra de equipamentos da Avibras para utilização pelas Forças Armadas. Essa medida poderia alavancar a preservação e ampliação dos postos de trabalho.
Estratégica para a soberania nacional, a Avibras desenvolve tecnologia essencial para a área de Defesa e ocupa lugar de destaque na história do setor aeroespacial. A empresa é uma das pioneiras no Brasil em construção de aeronaves e veículos espaciais para fins civis e militares.
“Os trabalhadores da Avibras já conseguiram, na luta, reverter a demissão em massa ocorrida no início do ano. Agora, estamos retomando as mobilizações para garantir que todos tenham os seus empregos preservados e que os salários sejam regularizados. Não dá para aceitar que uma empresa da importância da Avibras trate os trabalhadores com tamanho descaso. O poder público tem de interferir para acabar com esse desrespeito aos direitos dos trabalhadores”, afirma o presidente em exercício do Sindicato, Valmir Mariano.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos