Professores e pessoal administrativo em assembleia permanente, estado de greve– ‘Cláusula de paz’ temporária até volta ao TRT em 15/09 – Sem acordo satisfatório, greve ou Tribunal leva dissídio a julgamento
Professoras, professores e pessoal administrativo do Ensino Superior privado voltaram às assembleias nesta quarta-feira, 31/08, e decidiram por ampla maioria aceitar a proposta do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de suspender temporariamente a greve marcada para o dia 5 desde que as mantenedoras apresentem um acordo satisfatório com os sindicatos integrantes e a Fepesp.
A decisão foi a mesma nas assembleias realizadas de forma simultânea em todo o Estado. Estado de greve quer dizer que nos mantemos alertas e mobilizados. Queremos um acordo junto, com reposição da defasagem provocadas nos salários pela inflação. Queremos discutir as novas condições de trabalho geradas pela expansão desenfreada do ensino remoto. Queremos também defender nossa data base de 1º de março e todas as cláusulas já conquistadas em nossa convenção coletiva de trabalho em campanhas salariais anteriores.
Histórico do dissídio de greve – Em audiência de conciliação de greve promovida pelo TRT na sexta-feira, dia 26, o juiz Gabriel Lopes Coutinho Filho propôs o que chamou de uma ‘cláusula de paz’: os sindicatos suspendem a greve temporariamente. O juiz ainda marcou uma data, 15/09, para a volta ao Tribunal. Não havendo acordo aprovado por assembleias o dissídio pode ir a julgamento.
As assembleias acataram a proposta e votaram se manter em estado de greve.
Dois encontros com o patronal foram marcados, em 06/09 e 12/09. Qualquer coisa que surgir nesses encontros será submetida à apreciação de nova assembleia de trabalhadores e administrativos. É a assembleia de professores e pessoal administrativos que decide o rumo de nossa campanha.
Esse processo de dissídio de greve foi iniciado por iniciativa da Fepesp e dos seus sindicatos integrantes na tarde do dia 24. Até a manhã desse dia formos à negociação e patronal manteve sua lenga-lenga. agora terá apresentar uma proposta satisfatória. Ou aguentar as consequências.
Fonte: Fepesp