Depois de 14 anos sem qualquer diálogo com os sindicatos que permitisse a formulação e respeito de uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), a representação patronal do setor de saúde privada desintoxicou sua gestão e voltou à mesa de negociações com os trabalhadores. Finalmente temos uma nova CCT para ser cumprida por clínicas e hospitais de todo o Estado, para preservar os direitos da categoria.
“Felizmente, superamos um período terrível nas relações de trabalho para uma categoria responsável pela saúde da população e que vinha sendo tratada com descaso desrespeito”, destaca Rogério Fernandes Presidente da FEESSEMG.
Foram necessários anos de luta e mobilização dos trabalhadores em todo o Estado, conscientes da necessidade de termos condições dignas de trabalho em uma atividade essencial de saúde, buscando a compreensão da classe patronal que o seu negócio depende de qualidade nos serviços e o melhor atendimento dos pacientes que buscam as clínicas e os hospitais.
Todas estas questões levantadas pela representação dos trabalhadores demonstram que não estamos preocupados apenas com nossos salários e com os nossos direitos como trabalhadores, mas também com a qualidade dos serviços de saúde e com o interesse da comunidade assistida.
Entendemos que a nova postura da representação patronal e reposiciona em um comportamento de responsabilidade social com os trabalhadores, consciente do que representa nossa atividade para a população.
A nova Convenção Coletiva é uma vitória e um primeiro passo para construirmos a melhor condição de trabalho, lembrando a prescrição da própria «Reforma Trabalhista», que define a prevalência do «acordado sobre o legislado».
Os trabalhadores devem entender que sem o sindicato não há direitos, pois sozinho nenhum companheiro terá força para lutar por salários e condições de trabalho.