PUBLICADO EM 15 de out de 2017
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Petroleiros afirmam à Petrobras que proposta de acordo é inaceitável e esta fica em silêncio

Empresa ofereceu reajuste com base no INPC e quer reduzir ou retirar direitos do acordo coletivo

 

Ainda sem acordo, petroleiros e Petrobras deverão voltar a conversar na semana que vem. Na semana passadas  representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) formalizaram à empresa o resultado das assembleias, que rejeitaram a proposta da companhia, que prevê reajuste com base no INPC e redução de direitos. “Foi rejeitada com participação bastante expressiva da categoria”, afirmou o coordenador da FUP, José Maria Rangel.

Na avaliação do sindicalista, a proposta da empresa tem viés ideológico, porque não se justifica do ponto de vista econômico. Os próximos passos da campanha estão sendo discutidos nesta sexta-feira (6), em reunião do Conselho Deliberativo, que reúne dirigentes da federação e dos sindicatos filiados.

Em setembro, a Petrobras ofereceu 1,73% de reajuste, índice correspondente à variação do INPC em 12 meses, até agosto, véspera da data-base (1º de setembro). A estatal também quer mexer em diversos itens do acordo coletivo.

Zé Maria destaca duas: as gratificações para o estado de Amazonas e para campos terrestres. No primeiro caso, ele observa que o benefício foi criado porque, devido ao alto custo, muitos funcionários permaneciam pouco tempo. “A região vinha perdendo profissionais por conta disso”, lembra. A segunda foi criada pelo mesmo motivo. “Os campos são distantes às vezes até 100 quilômetros da cidade mais próxima.”

O coordenador da FUP refuta ofensiva da empresa de retirar ou reduzir direitos, na esteira da lei de “reforma” trabalhista sancionada pelo governo. Para ele, vem “ganhando corpo” um processo de renovação de cláusulas sociais em acordos do setor privado. Mesmo os Correios, destacou, devem manter a convenção coletiva, discutindo apenas o plano de saúde em separado.

Na reunião de ontem, os representantes dos trabalhadores voltaram a criticar a política de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde) da companhia, elaborada sem participação dos empregados. “Mata e não previne”, diz a federação.

Fonte: Vitor Nuzzi/Rede Brasil Atual

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