Assinada dia 13 a Convenção Coletiva dos profissionais do audiovisual. Entre 400 mil e 500 mil, nas mais variadas funções do cinema, séries, documentários, publicidade e outras realizações, nos Estados de SP, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e DF.
Sonia Santana, presidente do Sindcine, conta que as negociações foram arrastadas devido à conjuntura econômica, mudanças no mercado e à paralisia nos editais do governo.
A categoria do audiovisual é muito variada quanto às funções ligadas a produções, edição e outras fases do trabalho. Também não funciona num modelo rígido. A dirigente diz: “O ideal seria todos CLT. Mas, ante a realidade do mercado e das produções, cuidamos de incluir na Convenção os frilas, que trabalham por produção ou mesmo atuam num só dia, em tarefa específica”.
Principais itens (CCT retroage a maio):
FIXOS
• Reajuste de 12,47% a todos os que recebem até R$ 5.000,00/mês.
• 5% aos que recebem acima de R$ 5.000,00/mês, mais abono mensal de R$ 374,00.
• Reajuste do vale-refeição pra R$ 30,00 (aumento de 20%).
• Introdução da Telemedicina, com descontos em medicamentos, exames etc.
• Reajuste no seguro de vida e no auxílio funeral.
FRILAS E PEJOTAS
• Reajuste de 5% no Piso de todas as funções (ou seja, tabelas de preços mínimos).
• Vale-refeição de R$ 35,00 (aumento de 40%).
• Reajuste de 12,47% no seguro de vida e acidentes pessoais.
#JornadaJusta – Campanha mundial no setor. Aberto diálogo buscando reduzir jornada nos projetos de ficção a partir de janeiro, com reuniões bimensais e limite de jornada na publicidade.
O setor de ficção/séries vive um boom de produções, com grande ocupação de mão de obra, o que possibilita melhores negociações dos cachês.
Ou seja, a CCT do Sindcine é, ao mesmo tempo, ponto de chegada e de partida.
Fonte: Agência Sindical