As violências sofridas eram físicas e verbais, sendo a segunda principalmente ameaças e constrangimentos no exercício das funções escolares. “As agressões que não são físicas são fatores importantes quando pensamos no cotidiano de convívio com alunos e pais que ameaçam e desrespeitam. O dia a dia fica muito angustiante e cansativo, levando ao desenvolvimento de defesas e afastamento emocional, característicos do esgotamento”, comenta.
Além da violência, foram identificadas outras 12 variáveis que estavam relacionadas ao esgotamento profissional. As que mais se destacaram foram: ruído em sala de aula, o incômodo com alunos e o sentimento de que não participam de decisões importantes tomadas na instituição em que trabalham. O problema de ruídos em sala de aula e o incômodo com alunos atingiram, respectivamente, cerca de 87% e 70% dos profissionais que apresentaram esgotamento.
As outras variáveis encontradas foram: incômodo com pais, falta de realização profissional, falta de apoio de colegas, ruídos na escola, excesso de burocracia, acústica não aceitável, sobrecarga, elevado número de alunos e falta de apoio da coordenação.
A pesquisa foi desenvolvida com orientação da professora Maria Regina Alves Cardoso, da FSP. Os dados foram publicados no artigo Violência contra professores da rede pública e esgotamento profissional.
“As agressões que não são físicas são fatores importantes quando pensamos no cotidiano de convívio com alunos e pais que ameaçam e desrespeitam. O dia a dia fica muito angustiante e cansativo, levando ao desenvolvimento de defesas e afastamento emocional, característicos do esgotamento”, comenta.