Esta semana é marcada pelo feriado nacional de 21 de abril, dia da morte de Tiradentes, ocorrida há 230 anos. O portal Brasil Escola, lembra que Joaquim José da Silva Xavier, era de uma família humilde. Nasceu em Minas Gerais, em novembro de 1746. Com a morte prematura dos pais, ele aprendeu logo cedo a profissão de dentista amador, o que lhe rendeu o apelido de “Tiradentes”. Em plena época de Brasil colônia de Portugal, Tiradentes era um republicano convicto e adepto dos ideais do Iluminismo, corrente de pensamento moderno para a época, que inspirou movimentos de independência de um grande número de países, inclusive os Estados Unidos.
Impostos
Tiradentes fazia parte de um grupo que se revoltara contra a exagerada cobrança de impostos da Coroa Portuguesa, sobre a extração do ouro em Minas Gerais. Os altos impostos visavam financiar a reconstrução de Lisboa, atingida por um grande terremoto em 1755. O movimento sofreu um baque com Joaquim Silvério dos Reis, que optou por denunciar os integrantes do grupo, para se livrar das dívidas pessoais que havia adquirido com a Coroa Portuguesa. Por isso, Tiradentes foi o único do grupo a receber a pena máxima, a pena de morte.
Alguns historiadores atribuem esse fato a duas possibilidades: a sentença de morte só atingiu Tiradentes por ele não pertencer à elite mineradora, sem tráfico de influência na Coroa e a segunda, é a de, que por falar abertamente do seu envolvimento na conspiração, Tiradentes foi considerado um elemento perigoso pelo governo português e, por isso, deveria ser morto, enquanto os demais exilados.
Assim, Tiradentes foi usado como bode expiatório. O restante da história você conhece. Ele foi enforcado na manhã de 21 de abril de 1792, na cidade do Rio de Janeiro e seu corpo esquartejado e espalhado pela estrada de Ouro Preto/ MG. Sua morte foi usada como demonstração de força de Portugal para evitar futuras rebeliões.
Vigilância
O 21 de abril é uma data importante para reverenciarmos todos os nossos líderes do passado, que, como Tiradentes, deram as suas vidas por uma Pátria livre e soberana. Mas essa luta não tem fim. É preciso continuar lutando contra os altos impostos; contra a alta da inflação que prejudica de forma mais intensa os trabalhadores assalariados, que perdem o seu poder de compra e; contra ataques como as fake news, que desorientam os eleitores em um ano tão importante como 2022.
Tiradentes deve nos inspirar a lutar também por políticas públicas e legislações que promovam a criação de emprego e renda e garantam saúde e educação para todos. A manutenção do equilíbrio entre os três poderes é outra grande conquista de um país democrático e que requer constante vigilância.
O País precisa aprender com a sua própria história. Vivemos outros tempos, mas com alguns comportamentos que se repetem e que prejudicam a população como um todo. Que os ideais republicanos de Tiradentes, não caiam no esquecimento e sejam a chama para acelerar as urgências que o Brasil clama hoje.
Luiz Carlos Motta é Presidente da Fecomerciários, da CNTC e Deputado Federal (PL/SP)