PUBLICADO EM 11 de abr de 2022
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Servidores de São Bernardo paralisam por reajuste salarial justo

Os servidores municipais de São Bernardo do Campo realizaram paralisação nesta sexta-feira (8) em resposta ao que chamam de ‘proposta indecente de reposição salarial’ do prefeito Orlando Morando (PSDB).

A prefeitura reajustou em 6% os salários, mas de acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos (Sindserv), os trabalhadores estão com os vencimentos, salários e proventos defasados há alguns anos.
Presidente do Sindserv, Dinailton Cerqueira, explica que a pauta de negociação da categoria é composta por 14 itens que tratam desde a questão financeira até questões políticas.

“Estamos em campanha salarial, como ocorre em muitos municípios do Brasil. E os prefeitos estão tentando sucatear os serviços públicos. É a valorização dos servidores que garante bons serviços prestados, mote de nossa luta. As poucas respostas que o prefeito deu não alcançam as reais necessidades da categoria”, afirma.

Segundo a secretária-geral do Sindserv, Vivia Alves, também dirigente da CUT São Paulo, a medida adotada pela prefeitura não cobre as perdas, que chegam a 19,17%. Assim, mesmo com reajuste de 6%, restam 13,17% de perdas inflacionárias, acumuladas entre janeiro de 2017 e março de 2022.

“Nosso protesto em defesa de uma reposição salarial justa reuniu 2.500 nas ruas de São Bernardo. Seguiremos mobilizados até que o prefeito atenda as nossas reivindicações”.

Melhores salários, respeito e valorização é o mínimo que se espera de qualquer prefeitura, aponta o secretário-geral da CUT-SP, Daniel Calazans.

“Toda solidariedade e apoio será dada aos servidores municipais neste momento. Exigimos que Orlando Morando atenda aos trabalhadores que estão na linha de frente, principalmente no atendimento à população”, ressalta.

A atividade também contou ainda com a participação, entre outros dirigentes, do secretário de Comunicação da CUT-SP, Belmiro Moreira, e do coordenador da subsede da CUT-SP no ABC, Otoni Lima.

O presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, também tem acompanhado a luta dos servidores na região, além da divulgação de vídeos em apoio nas redes sociais (assista aqui).

Mobilização

A categoria realizou uma série de atividades ao longo de todo dia. Pela manhã, os trabalhadores se concentraram na Praça Santa Filomena e saíram em caminhada pelas ruas da região central até o Paço Municipal, como apoio e participação da CUT-SP e de outros sindicatos.

Na parte da tarde, nova concentração na Praça Santa Filomena reuniu os trabalhadores para a realização do “Sarau da indignação”. Em seguida, os servidores realizaram aula pública com o tema “Serviço público de qualidade é direito de todas e todos”.

No início da noite, os servidores realizaram uma assembleia da categoria para definir sobre os próximos passos da campanha salarial.

Fonte: CUT São Paulo

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