O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou ontem (8), por unanimidade, pedido de registro do estatuto e do programa partidário do União Brasil, partido que surge na fusão do DEM e do PSL. A nova legenda terá o número 44 nas urnas.
De acordo com as regras do TSE, para os partidos se fundirem ou se incorporarem a outras agremiações políticas, eles precisam estar regularmente registrados no TSE há, pelo menos, cinco anos. No caso do União Brasil, a deliberação para a fusão da nova agremiação foi aprovada em convenção nacional conjunta, realizada em 6 de outubro de 2021.
A partir dessa fusão, o novo partido terá a maior bancada do Congresso Nacional. Atualmente, na Câmara, o PSL possui 55 deputados e o DEM 26, resultando em 81 parlamentares. Já no Senado, são cinco pelo DEM e dois pelo PSL, chegando a sete. Com a mudança, o União Brasil terá acesso a R$ 1 bilhão de fundo eleitoral.
A bancada deverá ser reduzida já no início de março, com a abertura da janela para troca de partido dos parlamentares. Capitaneada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), que já confirmou que se filiará ao PL, a ala bolsonarista que estava no PSL deverá deixar a sigla, como fez o presidente no final de 2019.
O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, afirma que a tendência é que o grupo tenha candidato próprio à Presidência da República. “Tenho falado muito com o MDB, com PSDB, até ultimamente com o Podemos. Então, a tendência é nós termos um candidato único. Mas de toda sorte, a forma como foi feita essa junção do DEM com o PSL, formamos hoje a maior bancada da Câmara Federal, e certamente nós não vamos ser coadjuvantes. Vamos ter uma candidatura própria e é nesse sentido que a gente está trabalhando nesse momento pré-eleitoral”, declarou à CNN Brasil.
Fonte: Rede Brasil Atual