Repercutiu bem, na manhã desta terça-feira (14), entre funcionários e público externo, o protesto do Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos (Sindest) na garagem improvisada da prefeitura onde ficam os veículos terceirizados para remoção de pacientes.
Das 7 às 8 horas, o sindicato dos 12 mil servidores estatutários e 6 mil aposentados denunciou as condições de trabalho dos cerca de 50 motoristas e a falta de limpeza dos carros.
Com apoio dos sindicatos dos servidores municipais de Praia Grande, químicos e trabalhadores da saúde (Sintrasaúde), o protesto gerou indignação em pessoas que passavam pelo local.
Viaturas encardidas
A frota de vans e carros de passeio está temporariamente no amplo terreno, alugado, da Avenida Ana Costa, 89 A, que se estende até a Rua Júlio Conceição, no bairro Vila Mathias.
O presidente do Sindest, Fábio Pimentel, discursou contra a falta de higiene das viaturas que transportam pessoas para tratamento de saúde em Santos, capital, cidades do interior e até outros estados.
O ponto hidráulico e elétrico para lavagem dos veículos foi feito pelos próprios funcionários, mas não há trabalhadores para efetuar o serviço e os carros estão encardidos de tanta sujeira.
Descaso com a saúde
“A prefeitura jogou os motoristas e os veículos num local totalmente inadequado, em demonstração de descaso com o servidor e com a população”, diz o panfleto distribuído na manifestação.
Para Fábio, o prefeito Rogério Pereira (PSDB) não tem a menor consideração pelo pessoal. Esquece que arriscaram a vida durante a pandemia. “Um dos muros está quase caindo”.
O diretor Carlinhos Nobre, que organizou o protesto, diz que o sindicato tenta há dias resolver o problema administrativamente. “Infelizmente, não conseguimos resposta sequer para marcar uma reunião”.
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