Os 12 mil servidores municipais estatutários e 4 mil aposentados de Santos podem apresentar emendas, a partir desta sexta-feira (22), à minuta de reivindicações da campanha salarial.

O documento será analisado e votado em assembleia presencial do sindicato da categoria (Sindest), às 19 horas de quarta-feira (27), e está disponível na rede social da entidade.

Seu presidente, Fábio Pimentel, falou sobre o assunto em três curtos vídeos, na quinta-feira (21), também disponíveis no Facebook e Youtube da Sindest TV, onde conclama a mobilização da categoria.

A assembleia será na sede do sindicato dos trabalhadores em estabelecimentos de saúde (Sintrasaúde), na avenida Ana Costa, 70, com todos os protocolos de proteção contra o coronavírus.

Prefeitos perversos

O sindicalista adiantou, nas três ‘falas com o presidente’, que a principal reivindicação será a correção salarial de 17% a 20%, mais aumento real de 10%, visando a recomposição de perdas de três anos.

“Nesse tempo todo, por força de legislação federal e de perversidade dos prefeitos Paulo Barbosa e Rogério Pereira (ambos do PSDB), não tivemos reajuste inflacionário e muito menos aumento real”, diz.

Segundo ele, no mesmo período, as seguidas arrecadações da prefeitura para os orçamentos anuais foram reajustadas conforme os índices oficiais de inflação, como determina a lei.

Cadê o dinheiro?

Além disso, explica nos vídeos, a prefeitura recebeu verbas dos governos federal e estadual para combate à pandemia. “Supomos que os cofres estejam cheios, apesar de não haver prestação de contas disponível”.

“Locupletaram-se à custa do servidor, que ficou na linha de frente contra o vírus, seja na área de saúde, educação, segurança, assistência social e outras. Fizemos a nossa parte e queremos o que nos devem”.

“Houve aumento da receita, mas não da despesa. Onde está esse dinheiro. Precisamos nos mobilizar, nos locais de trabalho, para exigir o que é nosso direito”, pondera o sindicalista.

‘Bótons’ e cartazes

Essa mobilização, segundo ele, poderá se dar de várias formas, entre elas a utilização de ‘bótons’ alusivos à campanha salarial que serão distribuídos pela diretoria nos postos de trabalho.

“Usá-los é um jeito de demonstrar o descontentamento geral com a situação e um engajamento na luta, assim como a participação, por meio de mensagens, nas ‘lives’ semanais do sindicato”, diz Fábio.

Após a ‘live’ de segunda-feira (18), a rede social do sindicato passou a divulgar um cartaz convocatório da assembleia. O mesmo cartaz, em papel, vem sendo colocado nos locais de trabalho. A data-base é fevereiro.

Fonte: Sindest