Os Metalúrgicos do ABC convocam a categoria para a assembleia de Campanha Salarial, que será realizada amanhã, às 18h, na Regional Diadema. Na ocasião, serão definidos os rumos das negociações para pressionar as bancadas patronais a chegarem a um acordo justo. A Direção Plena do Sindicato, reunida ontem na Sede, decidiu que haverá greve, caso os patrões não ouçam os trabalhadores.
O presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, deixou claro que não serão aceitas propostas de reajuste com parcelamento do INPC (10,42%), como alguns grupos têm insistido.
“Parte das bancadas quer parcelar o índice, nós não vamos levar esse tipo de absurdo aos trabalhadores. Assim como também não aceitaremos rebaixamento de piso ou teto salarial. Nossa luta é por renovação das cláusulas sociais até 2023 e por um acordo justo. Se não tiver proposta decente, é greve!”
“Todos precisam estar presentes para entender como estão as negociações em cada grupo e ajudar a definir os rumos da Campanha. Os patrões têm que saber que estamos unidos e mobilizados e vamos parar as fábricas, se for preciso”, reforçou Wagnão.
O presidente da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), Erick Silva, ressaltou que as conversas estão difíceis, mas que é preciso garantir o aumento na data-base da categoria.
“A negociação está muito difícil, tem grupo insistindo em parcelamento do INPC em três vezes, como o G2. Queremos todo o reajuste em 1º de setembro. Também pedimos o compromisso dos patrões em dar preferência na contratação a trabalhador vacinado, a partir de janeiro do ano que vem. Essa é nossa luta e precisamos de toda a categoria unida”.
É+
O tema da “Campanha Salarial 2021 É +, + salário, +vacina, + emprego, + direitos, + unidade”.
Os eixos são: preservação da saúde e da vida; garantia de emprego; aumento salarial que restabeleça o poder aquisitivo do trabalhador; valorização das normas coletivas de trabalho; política industrial com nacionalização de componentes, máquinas e equipamentos.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC