Às vésperas do Dia Internacional da Juventude, celebrado neste 12 de agosto, acordamos com mais uma notícia triste para a classe trabalhadora. O Congresso Nacional, amarrado com Jair Bolsonaro (ex-PSL), aprovou a MP 1045/2021, conhecida como uma “nova reforma trabalhista”.
A partir de agora, empresas estarão autorizadas a diminuir os salários, trocar até 40% dos seus quadros de trabalhadores por outros inexperientes que aceitem ganhar menos, dar fim ao 13º salário e férias remuneradas, dificulta fiscalização, entre outras tantas medidas perversas.
O pacote atingirá a todes, mas é a juventude que busca entrar no mundo do trabalho que sentirá os primeiros impactos, pois terão de aceitar trabalho escravo maquiada de “oportunidade”.
Neste momento de pandemia de covid-19, onde jovens têm que escolher, muitas vezes, entre o estudo e o trabalho, precisamos lutar por direitos e condições dignas nos locais de trabalho, ainda mais diante de um governo que aplica ações maldosas como essa.
E ver tanques – velhos, por sinal – desfilando em frente ao Palácio do Planalto para se criar “a cortina de fumaça perfeita” para mais um golpe contra o trabalhador e a trabalhadora, e neste caso, em especial, a juventude. Seria cômico se não fosse trágico que todas as atenções estavam voltadas para a PEC do Voto Impresso. Já vimos esse jogo antes e sabemos que o golpe sempre vem na surdina, como um belo truque de ilusionismo, que de tão real afetará a todes.
Neste período de vil sentimento de desesperança, cabe à juventude erguer a cabeça e ser dissonante ao momento em que vivemos. Não tenho dúvidas de que nós, a juventude – que está com pouca ou nenhuma perspectiva –, será a protagonista dessa mudança.
Revolução e evoluir: Revoluir!
Priscila Passos é Secretária da Juventude da CUT-SP