Por falta de peças como os chips semicondutores, a Volkswagen paralisou mais uma vez a produção na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde são produzidos os modelos Virtus, Saveiro, Nivus e Polo, de acordo com a Folha de S Paulo. No início de junho, a montadora já havia paralisado as operações das fábricas do ABC, São Carlos (SP) e de São José dos Pinhais (PR) por dez dias pelo mesmo motivo.
Cerca de 1.500 trabalhadores da unidade do ABC iniciaram, nesta segunda-feira (19), férias coletivas de 20 dias para a montadora ajustar o estoque de peças ao ritmo da produção, segundo a fábrica informou ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), diz o jornal.
Em Taubaté, no interior de São Paulo, onde a Volkswagen produz os modelos Gol e Voyage, a montadora decidiu prorrogar o período de férias coletivas. Prevista, inicialmente, até sexta (16), a paralisação continuará por mais dez dias para parte dos funcionários.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, cerca de 2.000 trabalhadores ficarão 20 dias em férias e 800 ficarão mais dez dias.
No início de junho, a produção em Taubaté também tinha sido interrompida por cerca de dez dias. Na época, a Volkswagen também suspendeu o trabalho na fábrica de São José dos Pinhais (PR), onde são produzidas as linhas Fox e T-Cross.
Na contramão do mundo, Bolsonaro fecha fábrica de chips no Brasil
A escassez de componentes eletrônicos, especialmente os chips semicondutores, levou diversas fábricas a paralisar atividades em todo o mundo. Mas, em meio a uma crise mundial na produção de chips e semicondutores, o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) foi na contramão do restante do mundo, que resolveu investir pesado, enquanto o governo brasileiro fechou a única fábrica de chips do país – o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), inaugurada pelo ex-presidente Lula, em 2010.
Já nos Estados Unidos, com apoio do presidente Joe Biden, o Senado aprovou investimentos para conter a crise dos chips e, ao mesmo tempo, frear o avanço tecnológico da China e outras nações. No total, o projeto prevê cerca de US$ 190 bilhões de invetimentos destinados à ciência e pesquisa tecnológica, que inclui a criação de uma nova divisão na National Science Foundation, ou Fundação Nacional da Ciência em tradução livre, visando fomentar áreas emergentes da tecnologia como a Inteligência Artificial (IA).
China a Coreia do Sul, o Vietnã e Taiwan, trabalham para avançar ainda mais nessa tecnologia.
Fonte: Redação CUT