O sindicato dos trabalhadores em estabelecimentos de saúde da baixada santista e litoral paulista (Sintrasaúde) está na luta pelo piso salarial nacional previsto no projeto de lei 2564-2020.
O ‘pl’ está engavetado, apesar da mobilização da categoria em capitais, grandes, médias e pequenas cidades. O movimento reivindica que o presidente do senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o coloque em pauta.
De autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), o projeto contempla enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiros. A diretoria do Sintrasaúde o divulga nos locais de trabalho.
O presidente do sindicato, Ademir Irussa, orienta o pessoal a enviar e-mails a Rodrigo Pacheco. O ‘pl’ estabelece piso de R$ 7.315 e jornada semanal de 30 horas aos enfermeiros.
Aos técnicos, 70% desse valor, ou seja, R$ 5.120. Aos auxiliares e parteiros, 50%, correspondentes a R$ 3.657. “É uma luta difícil, sim, mas não podemos abrir mão dela”, diz o sindicalista.
Eficiência na pandemia
Segundo ele, os gestores municipais argumentam que esses pisos estourariam o teto dos gastos da emenda constitucional 95-2016, causando impacto de R$ 45 bilhões nos cofres públicos.
“Isso é o que falam prefeitos, governadores, secretários municipais, estaduais e um sem-número de políticos que recebem altos salários e outros valores agregados, alguns nem sempre de forma lícita”, diz Ademir.
Ele diz que as condições de trabalho e renda dos mais de 2 milhões de profissionais “são indignas. Muitos desempenham funções como avulsos e ganham menos de um salário mínimo por mês”.
O presidente do Sintrasaúde diz que a população apoia e aplaude o trabalho dos profissionais de saúde no combate à pandemia do novo coronavírus. “E acha que precisamos ser devidamente remunerados”.
Fonte: Sintrasaúde