PUBLICADO EM 16 de jun de 2021
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Pandemia aprofundou o quadro de desestruturação do mercado de trabalho que já era grave

Segundo boletim do Dieese divulgado nesta quarta (16), a comparação do 1º trimestre de 2021 com o 1º de 2020, antes do início da pandemia, indica que o mercado de trabalho ainda está longe de dar sinais de recuperação.

Fila para receber o auxílio emergencial. Foto: José Leomar

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geogra­fia e Estatística (PnadC/IBGE), para o período mostraram: queda de 6,6 milhões no contingente de ocupados; aumento do total de desempregados de 12,9 milhões para 14,8 milhões. O número de pessoas fora da força de trabalho atingiu 9,2 milhões de pessoas a mais do que no 1º trimestre de 2020. A taxa que combina desocupados e desalentados (pessoas que desistiram de procurar trabalho) passou de 16,0%, no primeiro trimestre de 2020, para 19,5%, no mesmo período de 2021.

O dado mais preocupante é que, entre os chefes de família, essa mesma taxa combinada de desocupação com desalento correspondeu a 11,2%, em 2020, e a 13,4%, em 2021, o que indica maior número de famílias em situação de vulnerabilidade. Ainda, entre os desempregados, a proporção daqueles que procuraram trabalho há mais de 5 meses aumentou de 49,6% para 61,3%. Os rendimentos médios do trabalho, calculados por hora, ­caram estáveis – R$ 15,13 no 1º trimestre de 2020 e R$ 15,41, no mesmo período de 2021, porém o dado não permite comemoração, uma vez que os que ganhavam menos foram os que mais sofreram com a pandemia, perdendo emprego e renda. Assim, os que tinham maiores rendimentos permaneceram em casa, trabalhando, o que manteve a média no mesmo patamar de 2020.

Leia aqui o Boletim Condição do mercado de trabalho indicadores trimestrais brasil e estados

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