Desde outubro de 2017, estou reunindo trabalhadores do lado de fora das fábricas, nos horários de refeições e troca de turnos. Agora, começa a “cair a ficha” dos trabalhadores quanto aos malefícios da reforma trabalhista e do governo atual. Aterrorizados, somente agora descobriram e estão descobrindo a importância do sindicato e da contribuição sindical.
De forma respeitosa e humilde, alerto sobre a seguinte situação: independente do cargo que ocupem no sindicato, federação, ou central sindical e confederação, não podemos fraquejar, desistir agora.
Vamos visitar o maior de trabalhadores nas fábricas e ter uma conversa ao pé do ouvido com o trabalhador, olho a olho. Estou falando com todos sobre as reformas trabalhista e previdenciária. Sobre a perversidade do governo federal e a necessidade de escolher bem os políticos e partidos políticos na eleição deste ano.
Quanto ao imposto sindical, até agora já coletei quase 1800 assinaturas de autorização para descontar a contribuição. O que estou vendo, ouvindo e percebendo junto aos trabalhadores é que, se o sindicato for até o trabalhador, o desconto será autorizado. Mas, se não for, o desconto não virá para o sindicato.
Ânimo, companheiros! Vamos seguir em frente e continuar lutando. A batalha está apenas começando. O sindicato não é nosso. Os donos são os trabalhadores. Somos apenas representantes das categorias profissionais. Quem deve decidir sobre os destinos do sindicalismo não é o governo, nem os políticos bandidos. São os trabalhadores quem definem os rumos do sindicalismo.
CARLOS CASSIANO é secretário-geral do Sindicato dos Químicos, Plásticos e Farmacêuticos de Belo Horizonte e Região (SindLuta) e presidente da Federação Mineira dos Químicos, Plásticos, Farmacêuticos e Trabalhadores nas Indústrias de Fertilizantes (Femquifert)