O objetivo é contribuir com a formação e o conhecimento de sindicalistas das entidades filiadas a Central, realizando inúmeros Cursos.
Com o tema “Comunicação como Instrumento para Sindicalizar e Reforçar o Poder dos Trabalhadores”, teve início o terceiro e último Módulo destinado aos sindicalistas do Nordeste, que vai do dia 23 a 26 de fevereiro, totalmente online.
Durante a abertura, o presidente da UGT nacional, Ricardo Patah, falou sobre a importância da parceria com o Solidarity Center para realizar esse Projeto, o qual teve início há mais de dois anos, especialmente neste momento, onde o país e os trabalhadores sofrem com o agravamento da pandemia do Coronavírus e com os graves ataques aos direitos, promovidos pelo governo federal.
A diretora e representante do Solidarity Center no Brasil, Laura Tompkins falou que o compromisso da entidade nessa parceria com a UGT é de grande importância, pois atende um dos principais objetivos que é contribuir com a formação dos dirigentes sindicais, na luta para ampliar, cada vez mais, a participação dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil junto às suas entidades representativas. Questão que foi reforçada durante todo o curso por Gustavo Garcia, Oficial de Programa do Solidarity Center em nosso país.
“É preciso conscientizar e debater com as trabalhadoras e trabalhadores brasileiros a atual conjuntura política e econômica do país e prepará-los para enfrentar as drásticas consequências causadas pela famigerada Reforma Trabalhista, como o desemprego e as constantes perdas de direitos. Para isso, é preciso que os sindicalistas ampliem, ainda mais, seus conhecimentos.” Disse Chiquinho Pereira, Secretário de Organização e Formação Político-sindical da UGT Nacional.
Em sua Palestra “Refletir sobre os Meios de Comunicação para Dialogar com os Trabalhadores e com a Sociedade”, e “Conteúdo Político da Mensagem Sindical Escrita e Falada”, o Coordenador Executivo da Secretaria de Formação da UGT, professor Erledes Elias da Silveira, além de conceituar, pontuou algumas questões essenciais para uma comunicação eficiente com os trabalhadores.
Para o professor Erledes, é preciso que os dirigentes sindicais reflitam sobre a Política de Comunicação que está sendo implementada dentro das suas entidades, que reflitam, por exemplo, se o seu sindicato tem como prioridade o investimento em comunicação e mais, se existe uma Política de Comunicação voltada para o conjunto da sociedade, afinal, os trabalhadores sofrem com problemas que vão além da perda dos seus direitos trabalhistas como a falta de moradia, de transporte público de qualidade, de educação, de saúde, entre outros.
A comunicação deve ser idealizada como instrumento para sindicalizar e reforçar o poder dos trabalhadores e trabalhadoras. O contato direto é a principal forma, se não a única, de organizá-los e, para isso, os dirigentes sindicais e militantes devem se preparar, tanto do ponto de vista do conteúdo da escrita e da fala, quanto da técnica de uma e da outra.
O professor Erledes ainda reforçou que o conteúdo da comunicação deve refletir o compromisso político e ideológico da entidade sindical, vinculado ao tipo de sociedade que queremos, pois, acreditamos que só um Estado comprometido com o desenvolvimento sustentável possibilitará construir e organizar uma sociedade ética, democrática, com justiça social e com direitos de oportunidades iguais para todos, mas, para isso, há de se ter vontade política.
Fonte: UGT