Acertadamente, o governo federal incluiu várias categorias profissionais no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19: profissionais da saúde, da educação e transporte coletivo, entre outras. Mas ainda não contemplou os comerciários, a maior categoria profissional urbana do Brasil: 12 milhões, sendo 2,7 milhões no Estado de São Paulo.
Todos os dias os comerciários arriscam as suas vidas porque também correm sérios riscos de contaminação. São linha de frente no abastecimento da população em suas necessidades de consumo nos estabelecimentos de comércio essencial ou não e dos mais variados portes.
Como lidam com o público e têm contato direto com mercadorias, embalagens, cartões e dinheiro, ficam mais vulneráveis ao contágio. A vacinação (e a consequente imunização) protege a vida e saúde dos próprios trabalhadores e, também, contribui para impedir a proliferação do novo Coronavírus. Ao serem vacinados, os comerciários preservam a própria saúde e, da mesma forma, daqueles que estão próximos e em contato com eles.
Formadores de opinião
Os comerciários ajudam na prevenção da pandemia, com orientações para o público em geral sobre a importância de seguir as leis que obrigam o uso de máscaras para entrar nas lojas e afins. São importantes formadores de opinião e, ao lado dos seus sindicatos representativos, estão atentos para que os patrões respeitem a legislação e os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta inclui a disponibilização de álcool em gel, uso de máscaras e distanciamento entre clientes e vendedores no interior das lojas.
Prioridade aos comerciários
Diante do exposto, aguardo com expectativa o encaminhamento para votação por parte do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do Projeto de Lei nº 5480/20, de minha autoria. O PL altera a Lei 13.979/20, que prevê medidas para enfrentar o Covid-19, e inclui os comerciários como prioridade na campanha nacional de imunização contra a doença.
Como a vacinação dos profissionais da saúde ainda levará alguns dias, ainda dá tempo de o PL ser aprovado e atender a demanda dessa valorosa categoria profissional. Já solicitei caráter de urgência a Rodrigo Maia, na tramitação do projeto.
Ministério da Saúde
Também apresentei indicação ao Ministério da Saúde para reforçar a inclusão dos trabalhadores do comércio no calendário ainda a ser definido para a campanha de imunização. Entendo como necessária e justa a inclusão dos comerciários nesse grupo de prioritários para receber a vacina contra a Covid-19. É a garantia de proteção de milhões de profissionais, de seus familiares e do público em geral.
Luiz Carlos Motta é Presidente da Fecomerciários, Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) e Deputado Federal (PL/SP).
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