PUBLICADO EM 08 de jan de 2021
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Perspectivas para a classe trabalhadora em meio à pandemia

A classe trabalhadora e os setores progressistas chegam ao novo ano com o desafio de ultrapassar os obstáculos que têm crescido no país sob o Governo Bolsonaro. Temos um sistema de saúde que pode entrar em colapso com aumento de casos da Covid 19, a economia segue estagnada e o aumento da pobreza extrema no país traz o fantasma da fome para milhares de famílias brasileiras.

Diante das declarações irresponsáveis e dúbias do presidente da República Jair Bolsonaro de que “o Brasil tá quebrado” e no outro dia ironiza: “Brasil está bem, está uma maravilha”, são necessárias medidas imediatas de proteção à vida e de combate ao crescente número de desemprego.

Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua do IBGE, divulgados no final de dezembro de 2020, registram que a taxa de desemprego foi de 14,3% no trimestre de agosto a outubro e atingiu 14,1 milhões de pessoas. E entrou em vigor no dia 1 de janeiro, um salário mínimo de 1.100 reais sem aumento real, demonstrando o desprezo às vidas das famílias brasileiras, como das trabalhadoras e trabalhadores rurais.

Com agravamento da pandemia da Covid quando o contágio volta a aumentar e verifica-se o crescente número de hospitalização, com serviços emergenciais hospitalares sobrecarregados, o Governo Federal tem que agilizar e implementar um Plano Nacional de Vacinação, de forma eficaz e segura, para imunização da população brasileira na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

A solução não vem pronta e por isso que diante dessa crise sanitária e econômica que atravessa o país, com o fim do auxílio emergencial, a situação tende a piorar. Neste sentido, é preciso promover políticas públicas para dar maior segurança às famílias de baixa renda, das periferias, aos agricultores e agricultoras familiares, aos povos do campo, da floresta e das águas.

E avançar com força total nas lutas das centrais sindicais como a CUT, a fim de proporcionar também uma política de valorização do salário-mínimo, de emprego e renda aos trabalhadores e trabalhadoras.
E é importante ressaltar que 2021 será um ano de incrementar a luta em todo país contra o racismo e pelas vidas pretas, de resistência do povo negro no Brasil, como é dito nas manifestações por todos os cantos do país: “Enquanto houver racismo não haverá democracia”.

Carmen Foro é secretária-geral da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

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