PUBLICADO EM 25 de nov de 2020
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Jovem aprendiz morre prensado em fábrica de plástico

De acordo com o Corpo de Bombeiros, que atendeu à ocorrência, o rapaz teve o crânio prensado por uma das máquinas. Três bombeiros foram até o local, encontraram a vítima inconsciente e com hemorragia grave.

Imagem interna da empresa retirada do Facebook

José Carlos Lima Neto, de apenas 18 anos, morreu ontem em decorrência de grave acidente sofrido na empresa onde trabalhava, a Eplam Embalagens Plásticas, em Americana SP. O jovem Aprendiz foi prensado em uma máquina.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, que atendeu à ocorrência, o rapaz teve o crânio prensado por uma das máquinas. Três bombeiros foram até o local, encontraram a vítima inconsciente e com hemorragia grave.

O jovem foi encaminhado em estado grave ao Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, mas não resistiu e manhã de terça feira (24.11.20) veio a falecer.

Fachada da Eplam Embalagens Plásticas

Desde a ocorrência do acidente, na tarde de segunda-feira, dia 23 de novembro, lideranças do Sindicato dos Químicos de Americana e Região estão em contato com a empresa e prestando todo o apoio e assistência aos familiares, além de acompanhar de perto os trâmites para a perícia no local do acidente.

A  Federação dos Trabalhadores Químicos e Farmacêuticos do Estado de São Paulo (FEQUIMFAR) e Sindicatos filiados se solidarizam e na luta pela defesa dos direitos, saúde e segurança dos trabalhadores.

“Juntos com os Químicos de Americana, aguardamos as perícias e vamos cobrar o retorno na apuração e investigação do que aconteceu, pedindo urgência no esclarecimento do acidente”, declara Edson Dias Bicalho, secretário geral da FEQUIMFAR.

Na tarde de ontem, em reunião já agendada da Bancada dos Trabalhadores da CPN do Plástico, para discutir proposta para a renovação das Convenções de Segurança, dirigentes da FEQUIMFAR/Força Sindical, FETQUIM/CUT e Sindicatos filiados manifestaram solidariedade junto aos familiares deste jovem trabalhador e soma de forças aos companheiros dos Químicos de Americana diante desta trágica ocorrência.

Convenção Coletiva tem o objetivo de prevenir acidentes

“Esta tragédia acontece justamente quando o grupo patronal se recusa a renovar a Convenção Coletiva que trata da saúde e segurança em máquinas de Prensas e Injetoras e que vigora há 25 anos no setor plástico”, lamenta Fabrício Cangussu, presidente do Sindicato dos Químicos de Americana e Região.

“Lamentamos a morte deste jovem trabalhador e manifestamos o nosso pesar e solidariedade aos familiares e amigos. Mais do que nunca, nossos esforços são em defesa desta Convenção que busca a segurança da classe trabalhadora, preservar a vida e a integridade física dos trabalhadores no ambiente de trabalho”, afirma Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da FEQUIMFAR e 1º secretário da Força Sindical.

“Em 25 anos de história e construção coletiva, avançamos com a Convenção Coletiva de segurança e prevenção em máquinas injetoras e sopradoras no estado de São Paulo, na redução de acidentes, mutilações e salvando vidas no setor plástico. Mas sabemos que a luta não terminou. Precisamos de planos de ações eficazes de prevenção, treinamento, organização e gestão”, informa João Scaboli, diretor do departamento de saúde do trabalhador da FEQUIMFAR, membro do CNS pela Força Sindical e diretor do DIESAT.

 

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