Os trabalhadores metalúrgicos e as trabalhadoras da categoria aprovaram em Assembleia na sede do Sindicato, em São Paulo, nesta sexta, 13 de novembro, a proposta patronal do grupo 3 que também servirá como referência para os demais grupos patronais na Campanha Salarial 2020 em andamento.
* 4,77% de reajuste salarial
* abono de 9,5%
* manutenção das conquistas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho.
A Assembleia foi coordenada pelo secretário-geral Jorge Carlos de Morais, o Arakém, com presenças dos diretores do Sindicato e assistentes, do deputado federal Paulinho da Força, do advogado João Campanário e do assessor técnico-econômico José Osmair Polisel, o Jop.
O presidente do Sindicato, Miguel Torres, enviou um vídeo justificando sua ausência por questões de saúde, agradecendo o apoio da categoria na Campanha Salarial 2020 e nas eleições do Sindicato, com votação expressiva na Chapa 1, e sugeriu o voto nos candidatos metalúrgicos a vereador nas eleições municipais deste domingo, 15 de novembro, Dia da Proclamação da República. “A luta faz a lei”, disse Miguel Torres, também presidente da Força Sindical e da CNTM, como agradecimento e incentivo à categoria.
“As dificuldades para a classe trabalhadora já são grandes e sem os sindicatos, como querem os maus patrões, seriam maiores. Todas as conquistas do passado, que tentam agora destruir, são o resultado de lutas que custaram vidas, prisões, exílios e desaparecimentos de companheiros. Precisamos ter sempre esta visão histórica e esta consciência de classe para continuarmos lutando e conquistando. E as conquistas desta Campanha Salarial só foram possíveis com a forte mobilização da categoria nas fábricas e assembleias, com o trabalho diário dos diretores e diretoras do Sindicato e assistentes”, disse Arakém.
Paulinho da Força afirmou que a conquista salarial dos metalúrgicos será um exemplo para as demais categorias, falou sobre a luta do movimento sindical no Congresso Nacional pelo retorno do auxílio emergencial de R$ 600 reais até o fim da pandemia e explicou que com o fim do auxílio em dezembro cerca de 54 milhões de pessoas ficarão no Brasil sem nenhuma renda a partir de janeiro. “O auxílio injetou 50 bilhões por mês na economia brasileira e ajudou o País a não sucumbir diante da crise econômica acelerada com o coronavírus”.
A Campanha dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes é unificada com outros 53 sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos, representando cerca de 800 mil trabalhadores, com data-base em novembro, em todo o Estado de SP.
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