“Com a gauchada no piquete do Eixão em Brasília”, postou Bolsonaro em sua rede social. No sábado, o presidente já havia desdenhado, mais uma vez, das medidas de isolamento social. Diante de uma plateia de ruralistas em Mato Grosso (MT), ele disse que as ações nesse sentido são “conversinha mole” e completou que ficar em casa “é para os fracos”.
Somente nesta semana, entre os dias 13 e 19 de setembro, o Brasil registrou 5.322 óbitos por covid-19. No mesmo período, houve a confirmação de 33.057 novos casos da doença. Neste domingo foram registrados 363 novos óbitos e 16.389 novos casos.
Segundo o Ministério da Saúde, houve queda de 30% nos registros de casos no período que se encerrou no último dia 13. No entanto, o número continuou acima de 200 mil, o que vem ocorrendo desde junho. Também houve queda nas confirmações de óbitos, mas os casos fatais são superiores a cinco mil desde maio.
Entre os estados, São Paulo continua liderando o ranking do número de mortes (33.952), na frente de Rio de Janeiro (17.677), Ceará (8.813), Pernambuco (8.016) e Minas Gerais (6.714). Quanto ao ranking do número de casos confirmados, São Paulo também segue a frente (935.300), seguido por Bahia (295.303), Minas Gerais (270.053), Rio de Janeiro (251.909) e Ceará (233.818).
Segunda onda na Europa
A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu uma espécie de advertência ao continente europeu, que voltou a registrar recordes de contaminados. Foram 300 mil novos pacientes na semana que se encerrou em 13 de setembro, número mais alto que os relatados em março, quando a Europa viveu o primeiro pico da doença.
Em todo o mundo, as nações começam a responder aos novos números. Reino Unido, França, Espanha, Holanda, Coreia do Sul, Israel e Nova Zelândia são alguns dos exemplos de países que já retomaram as medidas mais rígidas de isolamento ou estudam voltar a colocá-las em práticas nos próximos dias.
O que é o novo coronavírus?
Trata-se de uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS), a crises mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Fonte: Brasil de Fato