As entidades estimam que 25% dos funcionários já estão infectados. “Passamos a fase do planejamento, agora é ir às ruas. Já são mais de 120 mil trabalhadores infectados”, argumentou o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo.
Testagem de todos os trabalhadores, criação de turnos para ocupação de apenas 50% do interior das fábricas, distanciamento de 2 metros, troca das máscaras conforme recomendados por profissionais da Saúde do Trabalho, afastamento dos empregados de grupos de risco são as pautas das duas campanhas das entidades.
Público alvo – “Categoria, patrões, governo, imprensa e sociedade serão os alvos da nossa mensagem”, afirmou Nelson Morelli, presidente da Contac CUT.
Gerardo Iglesias, secretário regional para a América Latina da Uita, explicou ainda que, além das mobilizações no Brasil, a campanha vai expor a situação dos funcionários brasileiros a 425 organizações filiadas à Uita em 127 países. “As empresas são evidentemente sensíveis a esta repercussão”, apontou.
Orientações – Segunda (24), as entidades realizaram live com a presença do médico do trabalho, Arlindo Silveira, do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, de Diadema-SP. Um dos temas foi o uso das máscaras pelos trabalhadores por cinco dias, sem troca.
O médico explicou que a máscara recebe respingo de sangue e restos de carne, ficando impraticável para conter as partículas contaminadas pelo coronavírus durante o período de cinco dias.
“O uso da máscara por cinco dias se baseia numa orientação da Anvisa editada no início caótico da Covid, onde o temor era a falta de insumos para os trabalhadores da Saúde. No trabalho das indústrias de frigoríficos, no entanto, isto é totalmente inviável”, apontou.
Campanha – O material das campanhas “A Carne mais Barata do Frigorífico é a do Trabalhador” e “Campanha Nacional pela Troca Diária de Máscaras no Frigorífico” está disponível nas redes sociais da CNTA, Contac CUT e Uita. Há conteúdo específicos para redes sociais, impressos, outdoors, áudio e vídeo.
Fonte: Agência Sindical