PUBLICADO EM 24 de ago de 2020
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Solidariedade ao Metalúrgicos da Baixada Santista e Ipatinga

Brasil Metalúrgico – Os Sindicatos, Federações e Confederações do ramo metalúrgico que assinam a presente nota vêm se solidarizar à luta organizada pelos Sindicatos dos Metalúrgicos da Baixada Santista/SP e de Ipatinga/MG, ambos filiados à Intersindical Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, que enfrentam o ataque patronal imposto pela empresa Usiminas.

Metalúrgicos da Usiminas Ipatinga

Metalúrgicos da Usiminas Ipatinga

Metalúrgicos da Unidade Baixada Santista Foto: Bruno Santos/Arquivo

Metalúrgicos da Unidade Baixada Santista Foto: Bruno Santos/Arquivo

A siderúrgica, a exemplo de outras grandes empresas, se aproveita da pandemia para reorganizar seus negócios atacando os trabalhadores tentando impor demissões em massa.

Em maio, a Usiminas anuncia sua intenção de demitir mais de 900 trabalhadores em sua planta de Cubatão/ SP e, no mês seguinte, tenta demitir mais de 90% do efetivo da Usiminas Mecânica em Ipatinga/MG, o que significaria a demissão de mais de 700 trabalhadores.

Através das mobilizações e ações judiciais encaminhadas pelos Sindicatos, a Usiminas não conseguiu até o momento concretizar na totalidade seu plano de demissões, e a luta dos Sindicatos segue pela readmissão dos mais de 300 trabalhadores demitidos em Cubatão e dos 120 trabalhadores em Ipatinga.

Logo após as demissões, a Usiminas divulga seus planos: a reativação do Alto Forno 1 em Ipatinga, a retomada da produção de placas em Cubatão, o aumento de investimentos de R$600 para R$ 800 milhões.

Para comemorar a Usiminas ainda aumentou a distribuição de bônus para a direção da empresa que nesse ano será de aproximadamente R$ 27 milhões, ante os R$18 milhões de 2019, ou seja, a Usiminas comemora seus lucros passando por cima dos empregos de centenas de trabalhadores.

Enquanto as empresas comemoram seus lucros passando por cima de empregos e direitos, só no Brasil já são mais de 110 mil mortos e mais de 3 milhões e 600 mil contaminados pela COVID-19 e mais de 40 milhões de desempregados. Esses números têm a digital do governo Bolsonaro que desde o início da pandemia combateu o isolamento, única forma de conter o aumento do contágio, diariamente atenta contra os direitos trabalhistas e é conivente com as demissões.

Portanto, contra todos esses ataques, não há outro caminho que não seja a união dos trabalhadores para lutar em defesa de seus empregos, salários e direitos. Nossa solidariedade aos metalúrgicos na Usiminas é parte dessa luta.

Estamos solidários e juntos à luta organizada pelos Sindicatos dos Metalúrgicos da Baixada Santista/SP e de Ipatinga/MG em defesa dos empregos, salários e direitos. Essa é uma luta em defesa da vida.

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