PUBLICADO EM 27 de fev de 2020
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Reforma trabalhista gerou miséria

“A nova legislação criará modernas relações trabalhistas e produzirá milhões de empregos”, disse o presidente Michel Temer, sobre a Reforma Trabalhista, em 2017. Três anos depois, há pobreza, trabalho intermitente, “pejotização”, informalidade e desigualdade socioeconômica. As taxas de desemprego pouco mudaram.

“A nova legislação criará modernas relações trabalhistas e produzirá milhões de empregos”, disse o presidente Michel Temer, sobre a Reforma Trabalhista, em 2017. Três anos depois, há pobreza, trabalho intermitente, “pejotização”, informalidade e desigualdade socioeconômica. As taxas de desemprego pouco mudaram.

Segundo o IBGE, são cerca de 12 milhões de desempregados, outros 12 milhões trabalhando sem Carteira assinada e mais 24 milhões se virando por conta própria. Com isso, o governo não arrecada impostos, a Previdência não faz caixa para pagar os aposentados e a pobreza só aumenta.

Gente como Temer e Bolsonaro defendem o neoliberalismo, que já levou à miséria milhões de pessoas pelo mundo, patrocinando reformas que destroem Sindicatos e acabam com regras de proteção ao trabalho, alegando que isso trará mais empregos. Mentira!

Uma lei por si só não aumenta a oferta de emprego, mas sim a economia girando.

O atual e desastroso governo de Paulo Guedes e Bolsonaro vende a ideia de que moderno é o indivíduo que assume os riscos pelo seu sucesso ou fracasso, o empreendedor de si mesmo, que define a sua jornada e a sua remuneração. Outra falácia. Esse pessoal está vendendo o almoço para comprar o jantar.

Uma das mudanças da tal Reforma Trabalhista foi a adoção do “negociado sobre o legislado”. Significa que os acordos entre patrões e empregados prevalecem sobre a legislação. Ou seja, a negociação, que antes da reforma existia, só podia acontecer desde que fosse para melhorar o que a lei previa. Agora, a negociação pode piorar o que está na lei.

Reduziram os direitos e ainda permitiram que se faça negociação para retirar o que sobrou e, na atual situação, o empregado vai se sujeitar a qualquer coisa para não passar fome.

Completando a “encomenda”, Guedes e Bolsonaro tentam enfraquecer a fiscalização do trabalho e reduzir ainda mais os direitos trabalhistas, tomando o caminho de países onde há uma superexploração da força de trabalho.

Agora vieram com a tal Reforma da Previdência, que deixará milhões sem aposentadoria, pois com trabalho desregulamentado e regras mais duras na Previdência, as pessoas não conseguirão o tempo de serviço e precisarão da assistência social na velhice.

O Sincomerciários de Guarulhos combate esses ataques. Sabemos do nosso papel na defesa dos trabalhadores e por uma sociedade justa. Convidamos os comerciários a se juntarem a nós nessa luta que é de todos os brasileiros. Não vamos permitir que nos explorem como escravos para faturarem milhões.

Walter dos Santos é presidente do Sincomerciários de Guarulhos

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