O desemprego, o desalento e a subocupação continuam enormes, desprotegendo famílias, colocando um enorme contingente de pessoas em risco social e aumentando sensivelmente os níveis de pobreza e miséria no País.
Mas o governo, seus apoiadores na sociedade e seus aliados no Congresso insistem em só agir contra o movimento sindical e destruir os direitos da classe trabalhadora, mentindo que primeiro será preciso aprovar reformas para “modernizar” as relações de trabalho e “libertar” a economia.
Assim como a reforma trabalhista não gerou os empregos prometidos, nada garante que a medida provisória 881, que libera sem compensações o trabalho aos domingos e feriados, e a reforma da Previdência servirão para a retomada do desenvolvimento.
Precisamos sim gerar milhões de empregos para a roda da economia girar e o País voltar a crescer, mas isto só é possível com desenvolvimento, educação, qualificação, transição profissional diante das inovações tecnológicas, trabalho decente, respeito aos direitos, distribuição de renda e justiça social.
Esperamos que os Senadores não aprovem as maldades da MP 881 nem os pontos nefastos da reforma da Previdência.
Nós, do movimento sindical, continuaremos nas lutas de resistência, informando e mobilizando a classe trabalhadora e buscando a ampliação do diálogo social para conquistar mais apoio na sociedade brasileira à nossa pauta trabalhista, democrática, social e progressista.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes