Temos questionado há bastante tempo a desindustrialização, a estagnação econômica, o desemprego e a redução dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora.
É, portanto, muito oportuna a reportagem “Número de indústrias fechadas em São Paulo é o maior em uma década” publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, em 21 de julho de 2019.
A matéria relata o fechamento de mais de 2 mil fábricas, entre janeiro e maio, no Estado de São Paulo, o “maior polo industrial do País”, revelando a persistente crise e a falta de investimentos nos setores produtivos e na indústria, um segmento que tem potencial para gerar emprego de qualidade e girar a roda da economia.
Os governos precisam entender que sem uma forte indústria o País, as regiões, os estados e os municípios não conseguirão se desenvolver adequadamente nem distribuir renda de forma justa e igualitária.
A reforma trabalhista, a terceirização sem limites e as demais medidas neoliberais que estão aprovando ou tentando aprovar no Congresso Nacional, como a reforma da Previdência e os ataques ao movimento sindical, não resolverão a crise, o desemprego, o desalento e os riscos sociais.
Precisamos de industrialização e postos de trabalho qualificados para melhor enfrentarmos o cenário de estagnação e os atuais e futuros desafios tecnológicos e produtivos.
Miguel Torres é presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes