Depois da grande manifestação unitária do dia 14 de junho com suas três bandeiras da defesa da Educação, da exigência da criação de empregos e do repúdio à deforma previdenciária, a direção sindical deve discutir no Congresso Nacional, com deputados e senadores, suas posições.
O assunto prioritário em pauta é a deforma de Guedes e Cia. Embora os outros dois temas mantenham sua importância e mereçam atenção as grandes manobras se darão em torno do debate sobre a Previdência.
Mantendo sempre sua atenção voltada às bases com a continuidade dos esforços de mobilização, esclarecimento e unificação, a direção sindical deve se empenhar em convencer os parlamentares da justeza de suas propostas.
Para tanto deve valorizar no Congresso Nacional, duas táticas que nortearão suas iniciativas.
A primeira delas em relação aos parlamentares de oposição ou que se opõem à deforma deve fortalecer seu empenho de resistência impedindo que Guedes e Cia. consigam os 308 votos necessários à aprovação da PEC contra a aposentadoria.
A segunda tática relacionada ao conjunto de deputados e senadores (incluindo os próprios oposicionistas) visa derrotar os principais pontos negativos da deforma (em especial a capitalização e a desconstitucionalização) e eliminar ponto a ponto as discriminações mais evidentes aos trabalhadores, às categorias e à sociedade.
Estas duas táticas não se contrapõem, elas se complementam. O empenho de resistir à deforma e de derrotá-la reforça o golpe contra tal ou qual aspecto dela que pode arregimentar mais forças que a pura e dura negação.
Para executar com êxito as duas táticas a direção sindical deve reforçar sua unidade de ação, convocar de modo permanente e inteligente a manifestação das bases e se relacionar com os partidos, bancadas, lideranças e parlamentares de modo a dificultar a aprovação da PEC ou desfigurá-la.
João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical