Por Fábio Casseb – De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,4% no trimestre fechado em fevereiro, acima dos 11,6% registrados no período encerrado em novembro. Ao todo, 13,1 milhões de trabalhadores estavam sem emprego no período.
Entre os setores que tiveram a maior queda de ocupação, está o da Construção Civil. Em entrevista ao site Rádio Peão Brasil, o presidente do SintraconSP – (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo) , Antonio de Sousa Ramalho, Ramalho da Construção, aponta o governo federal como um dos principais responsáveis pelo fechamento de postos de trabalho do setor. “Em três meses as construtoras deixaram de receber cerca de R$ 450 milhões, especialmente as que atuam no programa Minha Casa, Minha Vida”, explica Ramalho.
O sindicalista diz ainda que a falta destes recursos fez com que cerca de 4.700 canteiros tivessem as obras paralisadas. “Esta triste realidade afeta 350 mil postos de trabalho diretos e cerca de 1 milhão de postos de trabalho na cadeia produtiva”, alerta Ramalho da Construção.
Dados da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) indicam que o Minha Casa, Minha Vida representa dois terços do mercado imobiliário brasileiro. O setor da construção, que chegou a empregar 3,4 milhões de pessoas, hoje emprega 2 milhões.
Ramalho da Construção alerta que o atual momento é de extrema preocupação com relação aos caminhos que a política econômica do atual governo está seguindo. “Sabemos que investir na construção é assegurar produção, riquezas e grande número de geração de empregos, tanto diretos quanto indiretos e o governo está indo na contramão”, pontua o sindicalista.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, aponta que o Brasil necessita, urgentemente, que o governo atue para colocar em prática políticas que favoreçam a geração de postos de trabalho e a distribuição de renda. “Para que o Brasil retome o seu caminho do desenvolvimento pleno e do crescimento econômico, os brasileiros precisam ter trabalho.”