Após a aprovação do projeto de lei 621/2016, no final do ano passado, os servidores da capital paulista decidiram iniciar uma greve geral a partir de 4 de fevereiro. Está marcado um ato, em frente à prefeitura, no Viaduto do Chá, às 14 horas.
Desde o início da semana, o Sinesp percorre as Diretorias Regionais de Educação (DREs), a fim de organizar o movimento nas escolas públicas paulistanas. Na segunda (28), assembleia no Sindicato aprovou a continuidade da luta contra a elevação do desconto da contribuição previdenciária.
A Agência Sindical conversou com Luiz Carlos Ghilardi, presidente do Sinesp. Segundo o dirigente, a mobilização entre os educadores é grande. “Após a assembleia da segunda, saímos em campo para conversar com a categoria e explicar a importância de entrar nesse enfrentamento e resistência”, diz.
“Aproveitamos também a reunião de organização que a Secretaria Municipal da Educação realizou nos dias 29 e 30, com os gestores municipais. Nessas reuniões, realizadas nas 13 DREs, o Sinesp produziu e distribuiu um informativo sobre a greve”, explica Ghilardi.
De acordo com o presidente, o Sindicato prepara outras ações. “Essas atividades irão envolver educadores e comunidade. Os gestores escolares também estão orientados a trabalhar nesse sentido, a partir das escolas”, aponta.
O Fórum das entidades, que une associações e Sindicatos que representam o funcionalismo municipal, terá uma reunião nesta quinta (31). “A ideia é organizar e definir os locais onde funcionarão os comandos de greve conjuntos”, comenta.
Proposta – A reforma institui um regime de previdência complementar aos novos servidores, que contribuirão com um fundo a ser gerido por uma empresa, a SampaPrev, deixando de contribuir progressivamente com o Instituto de Previdência Municipal (Iprem). O aumento da alíquota será de 11% para 14% do salário.
A proposta do prefeito Bruno Covas abre caminho para a privatização do sistema de aposentadoria, favorecendo o sistema financeiro que fará a administração desses fundos.
A greve do funcionalismo público é por tempo indeterminado. “Logo após a manifestação em frente à prefeitura, faremos uma reunião de avaliação e organização do movimento”, conta Guilardi.
Mais informações: www.sinesp.org.br
Fonte: Agência Sindical