PUBLICADO EM 28 de jan de 2019
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Desaparecidos chegam a 305 e mortos somam 58 em Brumadinho

No terceiro dia após o rompimento da barragem 1 da Vale no Córrego do Feijão, o número de mortos passou de 34 para 58 e o de desaparecidos, de 254 para 305. Nesse domingo, a retomada das buscas ocorreu à tarde, depois que a Defesa Civil afastou o risco de um novo rompimento, desta vez da barragem 6, que guarda água da mineradora. Os moradores souberam do perigo às 5h30, quando foram acordados por uma sirene e retirados de casa.

Foto: Polícia Militar de MG

Enquanto o esforço por localizar e resgatar vítimas continua, familiares e amigos enterram seus mortos, como a médica do trabalho Marcelle Porto Cangussu, a primeira vítima a ser identificada. Desde então, outros 18 mortos também foram.

Também nesse domingo, a Justiça de Minas Gerais decretou novo bloqueio de recursos da Vale. Desta vez, o montante servirá para reparação de danos às vítimas da tragédia ocorrida na sexta-feira. No total, os bloqueios judiciais já somam R$ 11 bilhões, quantia que representa 48% do caixa da empresa, de acordo coma consultoria Necton. Para esta segunda-feira, a expectativa é de um pregão na bolsa turbulento para a mineradora.

Se o número de funcionários mortos da Vale ultrapassar 69, o Brasil estará diante do maior acidente de trabalho da história do País, afirmou o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury. O recorde atual é de uma ação decorrente da morte de trabalhadores durante o desabamento de um pavilhão em Belo Horizonte, em 1971.

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