Os sindicalistas cobram do ministro medidas que garantam a segurança, o direito à vida, à organização e os direitos políticos e sociais de todos.”É um fato de gravíssima relevância, especialmente num momento em que forças políticas intentam acirrar os ânimos e incentivar a violência contra ativistas e lideranças dos movimentos sociais”, destacam Miguel Torres (presidente da Força Sindical) e Vagner Freitas presidente da CUT.
Na carta os sindicalistas pedem “celeridade nas investigações do crime ocorrido, de forma a se fazer justiça, com a prisão e a punição dos culpados, assassinos de trabalhadores rurais.”
Confira a seguir a íntegra da nota:
São Paulo, 10 de dezembro de 2018
EXMO. SR.
RAUL JUNGMANN
MD. MINISTRO EXTRAORDINÁRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA
BRASÍLIA – DFSenhor Ministro:
O assassinato, com características de execução, por pistoleiros encapuzados, dos militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, José Bernardo da Silva e Rodrigo Celestino, ocorrido dia 8/12/18, no acampamento Dom José Maria Pires, na cidade de Alhandra, na Região Metropolitana de João Pessoa/PB, é um fato de gravíssima relevância, especialmente num momento em que forças políticas intentam acirrar os ânimos e incentivar a violência contra ativistas e lideranças dos movimentos sociais.
Consideramos que o governo federal, deve tomar as medidas cabíveis para garantir a segurança, o direito à vida, à organização e os direitos políticos e sociais de todos. Nesse sentido, as centrais sindicais vem solicitar uma audiência com Vossa Excelência para tratar desses temas e discutir as medidas concretas orientadas à defesa do Estado Democrático de Direito e para que haja celeridade nas investigações do crime ocorrido, de forma a se fazer justiça, com a prisão e a punição dos culpados, assassinos de trabalhadores rurais.
No aguardo de breve posicionamento de Vossa Excelência, despedimo-nos enviando nossas cordiais saudações.
Atenciosamente,
Miguel Eduardo Torres
Presidente da Força SindicalVagner Freitas
Presidente da Central Única dos Trabalhadores
João Nery Campanario
Esse é caminho para, concretamente, exigir a apuração dessa violência contra os tratadores e seus líderes