O dirigente foi o primeiro entrevistado da série de vídeos “Voto Consciente e Classista” iniciada no dia 6 de setembro pela Agência Sindical. O documento citado por Adilson no programa foi elaborado por todas as centrais sindicais brasileiras com 22 pontos que indicam caminhos para a retomada do crescimento em que ganhe centralidade a valorização do trabalho e do trabalhador.
A conversa entre o sindicalista e o jornalista João Franzin aconteceu antes do dia 11 de setembro, quando foi confirmada a candidatura à presidência da chapa Fernando Haddad (candidato à presidência) e Manuela d’Ávila (candidata a vice), representantes da coligaçaõ “O Povo Feliz de Novo”. Na pré-campanha, tanto Manuela quanto Haddad (na condição de vice do ex-presidente Lula) se comprometeram com a agenda da classe trabalhadora.
Vida piorou após o golpe
O presidente da CTB afirmou a necessidade de intensificar o diálogo sobre as eleições e que ele se dê no local de trabalho e em espaços públicos. “O que está ao nosso alcance é o chão de fábrica, o local de trabalho, terminais de ônibus e metrô. São locais para a gente fazer política. E é essa política que vai permitir que a gente esclareça a sociedade para o quanto foi danoso assistir o que aconteceu após impeachment da Dilma. Em dois anos muita coisa aconteceu e a vida piorou”, enfatizou.
Segundo Adilson, a eleição de outubro é uma chance de o povo brasileiro resgatar as conquistas iniciadas com o ciclo mudancista de 2003 inaugurado pelo ex-presidente Lula. “Queremos solução e temos potencial para isso. O Brasil pode resgatar o trabalho iniciado por Lula e que planificou um Programa de Aceleração do Crescimento que permitiu que a indústria da construção civil tivesse participação de 14% no Produto Interno Bruto (PIB). Esse ciclo permitiu a retomada da indústria naval que construiu submarinos”, exemplificou o presidente da CTB.
Fortalecer quem tem compromisso com direitos do povo
Ainda de acordo com ele, a disputa política no país após o golpe que levou Michel Temer à presidência penalizou o trabalhador brasileiro e colocou o movimento sindical diante de enormes desafios, entre eles interferir na representação política no Congresso Nacional. “Ficamos devendo uma reforma da comunicação. O sistema político caducou e se deteriorou mais ainda com a criminalização da política”. Segundo Adilson, a agenda ultraliberal favoreceu ainda mais o fortalecimento dos grupos economicamente dominantes.
Confira a entrevista na íntegra do dirigente da CTB:
Fonte: Portal CTB