PUBLICADO EM 27 de ago de 2018
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Metalúrgicos da CUT rechaçam ataques à estabilidade e redução de auxílio

A Campanha Salarial dos metalúrgicos da CUT, data-base 1º de setembro, enfrenta forte intransigência patronal para negociar aumento salarial e garantias sociais. A pauta foi entregue aos grupos patronais em março, mas, até agora, as negociações esbarram na insistência dos patrões em retirar direitos das Convenções Coletivas.

Os empresários se aproveitam da lei trabalhista de Temer para atacar direitos como a estabilidade do trabalhador que está prestes a se aposentar.

A Convenção estabelece que o metalúrgico com idade acima de 45 anos, com mais de dez anos de empresa, tem direito a 18 meses de estabilidade antes de se aposentar; já o trabalhador com mais de cinco anos de empresa tem direito a um ano. A contraproposta patronal é acabar com essa garantia.

Outra ameaça patronal é reduzir o auxílio-benefício (complemento salarial pós-afastamento) de 120 para 60 dias.

O presidente da Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT São Paulo, Luiz Carlos da Silva Dias (Luizão), disse à Agência Sindical que a entidade aceita debater mudanças na cláusula, que foi inserida quando só havia aposentadoria por tempo de contribuição. Porém, a categoria não admite que esse direito seja banido.

“Antigamente, o trabalhador do sexo masculino se aposentava com 35 anos de contribuição. Hoje, existem a regra 85/95, fator previdenciário entre outras modalidades. Isso dificulta a interpretação da cláusula e prejudica o trabalhador. Os patrões querem acabar com esse direito. Nós defendemos a adaptação aos dias de hoje”, diz o dirigente.

Luizão explica: “Quem está perto de se aposentar quer contribuir o máximo de tempo, pra receber um benefício melhor. Mas se for demitido e estiver na casa dos 40 ou 50 anos, a dificuldade para encontrar emprego é maior e ele será prejudicado”.

Campanha – Quinta (23), a FEM-CUT/SP volta a se reunir com o Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos). “Por enquanto estamos tratando das cláusulas sociais. Ainda não entramos nas econômicas. Mas, a todo o momento, e em todos os grupos, somos lembrados sobre a nova lei trabalhista e pressionados a mexer nos direitos”, destaca.

O primeiro item da pauta da Federação é manter as Convenções. A FEM-CUT representa cerca 194 mil metalúrgicos no Estado de SP.

​Fonte: Agência Sindical

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