
Audiência pública discutiu o fim da escala 6×1 e as alternativas para uma jornada de trabalho mais justa.
Audiência Pública que debateu “Alternativas para o Fim da Escala 6×1”, nesta segunda-feira, 10, em Brasília, contou com expressiva participação de Sindicatos Filiados à Fecomerciários.
Mobilizados pelo presidente da Federação, da CNTC e Deputado Federal, Luiz Carlos Motta, comerciários e práticos de farmácia lotaram o Auditório Nereu Ramos (Câmara), no qual foram expostos pontos a favor dessa redução da jornada semanal de trabalho e contra, conforme manifestações patronais.
Mesa
Compuseram a mesa de trabalhos os parlamentares:
- Leo Prates, presidente da Comissão de Trabalho da Câmara (que convocou a Audiência).
- Luiz Gastão (relator da PEC 8/25, que trata do tema).
- Luiz Carlos Motta (membro Titular da Comissão).
- Daiana Santos e
- Bohn Gass.
Por motivo de saúde, Érika Hilton (autora da PEC e presidente da Subcomissão relacionada à questão), participou virtualmente. Ao lado deles, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e Paulo H. Barbosa, que representou o ministro do Empreendedorismo, Márcio França.
Lideranças
Com transmissão ao vivo pela TV Câmara, o encontro reuniu também lideranças da CNTC, representada na Tribuna por Guiomar Vidor (2º Vice-Presidente) e do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), que contou com o pronunciamento de Luiz Arraes (1º Secretário da CNTC), além de dirigentes da UGT (José A. Paixão), Força Sindical (Willian F. da Silva), da CNC (Ivo Dall’Acqua), que manifestou posição contrária à PEC, e da CNI (Silvia Lorena), entre outros. O movimento “Vida Além do Trabalho”, motivador do fim da 6×1, também participou do debate nacional com Lucas Cidrak.
Prates
“Defendo um processo de transição equilibrado, por meio do diálogo social, conciliando interesses dos trabalhadores e dos empregadores. A proposta não pretende impor a redução por decreto, mas construir um consenso gradual, de modo que o trabalhador tenha vida além do trabalho”.
Gastão
“Reforço que a negociação coletiva é importante, mas não suficiente para enfrentar o tema. Uma norma legal é necessária. É preciso olhar o trabalhador como ativo social e não como custo empresarial. Esse debate deve preservar a competitividade dos setores, especialmente das micro e pequenas empresas”.
Motta
“Esta Audiência foi uma oportunidade soberana para o diálogo qualificado e para a construção coletiva de soluções legítimas. Tivemos um início promissor para um futuro onde todo trabalhador brasileiro possa desfrutar de uma jornada justa, digna e equilibrada”.
Guiomar
“A escala 6 x 1 é praticada no Brasil há quase 100 anos. A classe trabalhadora está adoecida, não suporta mais essa exaustão. As mulheres são as mais atingidas. A Reforma Trabalhista aprofundou essa precarização. Jornada de 40 horas rumo a 36 horas é viável. Os trabalhadores estão ansiosos por esta conquista”.
Marinho
“O Brasil precisa dar novo passo histórico rumo às 40 horas semanais. A escala 6 x 1 é perversa, compromete a saúde mental e física dos trabalhadores e das trabalhadoras, principalmente. Há espaço para chegarmos às 40 horas. Crescem as adesões ao fim da 6 x 1. A proposta está madura. Cumprimento o Deputado Motta, e demais parlamentares, por este importante espaço de debate”.
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