
Trabalhadores da Construção Pesada, representados pelo Sintepav-Bahia, na antiga OAS, atual Grupo Metha S.A.. Foto de 2019, das redes sociais do Sintepav-Bahia.
O Sintepav-Bahia (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial da Bahia) divulgou em seu site, uma matéria sobre o andamento do julgamento que definirá os rumos da recuperação judicial do Grupo Metha S.A., antiga OAS — tema de grande interesse para os trabalhadores da construção pesada do estado, especialmente os cerca de 1.700 profissionais que aguardam o pagamento de créditos trabalhistas.
Segundo a matéria, publicada pelo informativo A Tarde, a presidente da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargadora Marielza Brandão, pediu vista do agravo de instrumento que trata do processo, durante sessão realizada na última terça-feira (21). A decisão adiou a conclusão do julgamento, mas reacendeu a esperança dos trabalhadores, cujos créditos estão suspensos desde o início da disputa judicial.
Sintepav-BA defende prioridade dos créditos trabalhistas
Durante a sessão, o advogado Flávio Cumming, que representa os trabalhadores por meio do Sintepav-BA, chamou atenção para a ausência de manifestação sobre os direitos dos credores trabalhistas, destacando o impacto social do caso.
“Até o momento não houve manifestação quanto à petição apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores. São 1.700 famílias aguardando a satisfação de seus créditos de natureza alimentar. É fundamental que a Justiça se pronuncie sobre esse ponto antes de decidir o mérito”, afirmou Cumming.
A presidente da Câmara, desembargadora Marielza Brandão, reconheceu a complexidade do tema e solicitou vista para análise mais aprofundada do processo, suspendendo o julgamento até o dia 11 de novembro, quando o caso voltará à pauta.
Impasse sobre competência territorial
Ao portal A Tarde, o advogado explicou que a suspensão dos pagamentos ocorreu em razão de uma discussão sobre a competência territorial do processo — enquanto o caso tramita na Bahia, grandes credores sediados fora do estado tentam transferi-lo para São Paulo.
Diante dessa tentativa, o Sintepav-BA apresentou pedido de intervenção, argumentando que a manutenção do processo na Justiça baiana é mais benéfica e justa para os trabalhadores.
“Entramos com pedido de intervenção em nome do sindicato para que o processo permaneça na Bahia. São 1.700 famílias aguardando esses pagamentos. Se o caso for levado a outro estado, o risco de atraso e prejuízo aos trabalhadores aumenta consideravelmente”, destacou Cumming.
Recuperação judicial e expectativa da categoria
Gigante da construção civil, o Grupo Metha S.A. passa por um processo de recuperação judicial que busca reestruturar a empresa, viabilizar o pagamento de dívidas e restabelecer a atividade econômica do setor, com potencial de gerar novos empregos e estimular o mercado da construção pesada na Bahia.
O pedido de vista da desembargadora é considerado um passo importante para assegurar uma decisão justa e equilibrada, que leve em conta os direitos dos credores trabalhistas e a relevância social do caso.
O plano de recuperação aprovado em abril deste ano prevê o pagamento integral de até 70% dos créditos trabalhistas em até 12 meses, a partir da homologação judicial — um alívio esperado há anos pelos trabalhadores que prestaram serviço à empresa.
Próximos passos e compromisso do sindicato
O Sintepav-Bahia informa que seguirá acompanhando de perto o desenrolar do processo e reafirma seu compromisso em defender os direitos da categoria, garantindo que os créditos trabalhistas sejam pagos e que o processo permaneça sob jurisdição da Justiça baiana.
Matéria divulgada pelo Sintepav-Bahia
Publicada em novembro de 2025
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