Entre as contas comprometidas no ano passado foram na maioria de cartão de crédito (39%), plano de internet (28%) e plano de telefonia (26%). Segundo os dados da pesquisa, cerca de 39% da população adulta está registrada em lista de inadimplência. Foram entrevistados 805 consumidores em todas as capitais do País. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.
Segundo o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, o endividamento não deve impedir a pessoa de pagar todas as suas contas fixas, caso contrário, corre o risco de resultar em inadimplência.
“Além disso, é recomendável poupar uma parte dos ganhos e deixar uma quantia para arcar com as despesas variáveis do mês. E sempre que o consumidor se vir obrigado a pagar juros, o certo é recorrer à reserva financeira ou fazer atividades extras para aumentar a renda e se livrar dessa situação o mais rápido possível”, orienta.
Mudança de atitude
Dos entrevistados que já estiveram inadimplentes uma vez nos últimos 12 meses, 80% garatiram terem mudado atitudes na hora de administrar as finanças.
As principais formas de controlar gastos tomados pelos entrevistados estavam a de reduzir todos os gastos (49%), pensar melhor antes de comprar algo (39%), comprar somente quando puder pagar à vista (34%), passar a economizar para lidar com imprevistos (32%), evitar o uso do cartão de crédito (28%), não emprestar o nome para terceiros (23%) e cancelar o cartão de crédito (17%).
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, explica que as compras a prazo feitas com o cartão de crédito ou carnês ainda representam o maior perigo aos consumidores que não se planejam na hora de pagar as dívidas. “Não há problema (em parcelar), desde que o consumidor esteja no controle e não ultrapasse suas condições de arcar com o pagamento das prestações acordadas”.
Fonte: O Povo