“O desemprego é alarmante, um problema social gravíssimo provocado pela crise, pela falta de medidas econômicas e de políticas públicas, que está jogando milhares de famílias nas ruas”, afirmou Miguel Torres, presidente interino da Força Sindical, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, ressalta que com mais empregos certamente haverá mais produção e consumo, e consequentemente impulsionar a economia. “Devemos mobilizar a sociedade para geração de novos postos de trabalho. Para isso vamos contactar instituições da sociedade civil: Igrejas, OAB, ABI, UNE”.
Wagner Gomes, secretário-geral da CTB, afirma que o Dia Nacional de Paralisações será realizado em agosto, com as atenções voltadas para as reivindicações apresentadas na Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, elaborada pelas centrais sindicais. “Todas as categorias devem estar unidas em torno dessas reivindicações, com atenção especial à criação de empregos e em defesa da aposentadoria”.
“Devemos lutar para manter os nossos direitos através da luta e unidade do movimento sindical”, afirma Canindé Pegado, secretário-geral da UGT. O sindicalista destaca que a bandeira principal é o emprego. “Esse é um tema de interesse de toda a sociedade”, afirma.
Durante a reunião, o Dieese apresentou alguns números da situação, entre os quais os 13 milhões de desempregados, sendo 32% deste jovens com idade entre 18 e 24 anos; 52% são mulheres; 25 milhões são subocupados.
Pesquisa do Dieese em parceria com a Fundação Seade mostra que o tempo para encontrar um novo emprego é de 47 semanas – quase 12 meses. De acordo com os dirigentes, as entidades não estão discutindo somente reivindicações da classe trabalhadora e do movimento sindical, mas de toda a sociedade.
A próxima reunião será realizada na quarta-feira (dia 11).