A inteligência artificial está presente no dia a dia das pessoas. Não há como interromper esse processo de evolução que faz parte das nossas vidas. Os equipamentos eletrônicos são uma realidade no mercado de trabalho, portanto, o trabalhador deve estar preparado para tirar proveito desse progresso.
O SINPOSPETRO-RJ realizou um curso de formação profissional sobre inteligência artificial na quinta-feira, 28. Os funcionários de postos de combustíveis e de lojas de conveniência foram orientados a usar a tecnologia para otimizar o tempo no local de trabalho e melhorar a qualidade de vida.
O consultor Fábio Medeiros disse que o trabalho do frentista vai muito além do abastecimento, uma vez que é o profissional que interage com o motorista e estimula as vendas nos postos. Segundo ele, os equipamentos usados hoje auxiliam o trabalho e reduzem os riscos à saúde do frentista.
Muitos procedimentos que eram realizados manualmente e que demandavam um tempo considerável para serem concluídos, agora são efetuados por meio de dispositivos eletrônicos. A medição do tanque de combustível, por exemplo, que era realizada com uma régua, agora é feita com a ajuda da tecnologia. Contudo, isso não invalida o processo manual.
Esses equipamentos têm um custo maior, mas possuem funcionalidades e ferramentas que garantem resultados mais precisos. O principal benefício é para a saúde do frentista, uma vez que reduz a exposição do trabalhador ao combustível. Fábio ressaltou, no entanto, que esses equipamentos são altamente dependentes do trabalho humano.
“A tecnologia necessita do ser humano para que o processo seja bem-sucedido. Todo equipamento precisa ajustes e manutenção periódica. A máquina não tem autonomia suficiente”, afirmou.
As câmeras de monitoramento dos postos de combustíveis também são equipamentos com inteligência artificial que auxiliam na segurança dos funcionários e dos clientes.
Júlio Cesar Mota Ferreira, gerente do Posto Pequena Cruzada, disse que a capacitação em inteligência artificial é importante para o frentista aprender a usar as novas ferramentas de trabalho de forma eficiente. Para ele, a tecnologia não representa uma ameaça ao emprego do frentista, uma vez que a presença do funcionário no posto faz toda a diferença.
Evolução
Fábio Medeiros afirmou que a tecnologia presente nos celulares é superior à dos equipamentos utilizados pela Nasa para enviar o homem à lua em 1969.
Ele disse que, mesmo quando programada para ser autônoma, a máquina não se adapta a todas as situações sem a presença de um ser humano. Ele citou o exemplo do carro autônomo, programado para parar quando encontra um obstáculo. Para que o carro possa circular sem um condutor, é necessário que o país disponha de uma infraestrutura adequada. Segundo Fábio, as más condições das estradas no Brasil dificultariam a circulação de veículos autônomos.
Curso
O presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, ressaltou a importância da qualificação dos trabalhadores para enfrentar o avanço tecnológico no mercado de trabalho. De acordo com o ele, a inteligência artificial é uma realidade e deve ser usada como uma ferramenta para aperfeiçoar e aprimorar as tarefas.
Leia também: 13º dos frentistas injetará R$ 63 milhões na economia do Rio