Durante a cerimônia de posse da nova diretoria, em 21 de setembro, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) incorporou duas obras a seu acervo: um painel de grafite e uma fotografia aérea do centro de São Paulo.
As obras realçam a diversidade das atividades jornalísticas e valorizam a sede do Sindicato.
O painel realizado com tinta spray, criado pelo artista plástico Márcio Sick, apresenta uma perspectiva visual que reflete tanto a evolução da profissão quanto as tensões enfrentadas pelos jornalistas em seu trabalho.
Sick, que começou sua carreira em 1999, utiliza o grafite como meio para abordar questões sociais e educacionais, levando a arte para as vias públicas e instituições de ensino.
Em sua obra, procurou sintetizar a luta dos profissionais da comunicação em um ambiente contemporâneo.
“Eu quis dar uma enxugada no tema, misturando o trabalho do jornalista desde o analógico até o digital, mas sem deixar de lado a diversidade de atuação nas redações. O painel traz um repórter com um tapa-olho, referência a um colega atingido por uma bala de borracha, simbolizando a violência que, muitas vezes, acompanha o exercício da profissão”, explicou Márcio.
Além do painel, a inauguração contou com uma notável fotografia panorâmica do fotojornalista RenattodSousa, que doou o trabalho para a entidade.
Foto jornalista premiado
Ele tem em seu currículo dois prêmios “Nikon Photo Contest International” e dois Prêmios Abril de Jornalismo.
A imagem presente na sede do SJSP foi capturada por uma câmera Rotating WideLux 1500, uma raridade dos anos 50.
Renatto tem atualmente um trabalho voltado a explorar o visual urbano de São Paulo.
Nessa foto, na qual aparece o prédio que abriga o Sindicato, ele buscou registrar a vastidão da região central.
“Pouca gente consegue ver a cidade de cima. Minha função, como fotógrafo, é proporcionar essa visão, que é também histórica, ao capturar a essência de São Paulo”, afirmou RenattodSouza.
Além do corredor, o histórico auditório Vladimir Herzog exibe pinturas de Elifas Andreatto e Antônio Henrique Amaral – alusivas às violências e torturas do período militar –, além de outras obras presentes nas salas da sede da entidade.
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