PUBLICADO EM 27 de set de 2024
COMPARTILHAR COM:

Taxa de desemprego cai e bate novo recorde

A taxa de desemprego caiu para 6,6% no trimestre de junho a agosto de 2024, recuando 0,5 ponto percentual frente ao trimestre de março a maio de 2024 e caindo 1,2 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023. É a menor taxa para um trimestre encerrado em agosto na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, iniciada em 2012.

O comércio é o setor que mais contribuiu para a alta do emprego e consequente baixa taxa de desemprego. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil/Arquivo

O comércio é o setor que mais contribuiu para a alta do emprego e consequente baixa taxa de desemprego. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil/Arquivo

Com a baixa taxa de desemprego, a população desocupada caiu para 7,3 milhões, o menor número de pessoas procurando trabalho desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

O número total de pessoas empregadas do Brasil bateu novo recorde, chegando a 102,5 milhões. Na comparação trimestral, a população ocupada do país cresceu 1,2%, ganhando mais 1,2 milhão de trabalhadores.

Frente ao mesmo trimestre móvel do ano passado, esse contingente cresceu 2,9%, o equivalente a mais 2,9 milhões de pessoas.

“A baixa desocupação reflete a expansão da demanda por trabalhadores em diversas atividades econômicas, levando a taxa de desocupação para valores próximos ao de 2013, quando esse indicador estava em seu menor patamar”, afirma a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

Setor privado

Os empregados do setor privado chegaram a 52,9 milhões, maior contingente da série. O setor voltou a ter recordes no número de empregados com carteira de trabalho assinada (38,6 milhões) e também no contingente dos sem carteira de trabalho (13,2 milhões).

O Comércio foi grupamento de atividade que impulsionou a ocupação, com alta de 1,9% no trimestre, ou mais 368 mil novos trabalhadores para a população ocupada do país.

O setor está com seu maior contingente na série histórica da PNAD Contínua: 19,5 milhões de trabalhadores. Os demais grupamentos de atividade não tiveram variações significativas na comparação trimestral.

Setor público

Os empregados do setor público chegaram ao recorde de 12,8 milhões, com altas de 1,8% (mais 221 mil pessoas) no trimestre e de 4,3% (mais 523 mil pessoas) no ano.

Essa alta vem sendo puxada pelo grupo dos servidores sem carteira assinada, que cresceu 4,5% no trimestre e 6,6% no ano, enquanto o grupo dos militares e servidores estatutários, que precisam ser aprovados em concursos públicos, ficou estável nas duas comparações.

“Embora não seja o seu maior contingente, o grupo dos empregados sem carteira assinada no setor público é o que mais tem contribuído para a expansão do total de empregados deste segmento Esses trabalhadores nem são estatutários nem são considerados trabalhadores com carteira, nos moldes da CLT. Eles têm um predomínio maior na educação fundamental, que é provida pelas prefeituras nas escolas municipais. São contratos temporários, muitas vezes regidos por lei específica”, explica Adriana.

Rendimento médio cresce 5,1% no ano

No trimestre encerrado em agosto, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.228, sem mostrar variação estatisticamente significativa frente ao trimestre móvel anterior e com alta de 5,1% na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2023.

Já a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores, chegou a R$ 326,2 bilhões, mostrando altas de 1,7% no trimestre e de 8,3% na comparação anual.

Leia também:

Caixa Econômica Federal vai leiloar mais de 500 imóveis

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS