Ao final de três dias de debates de altíssimo nível, que colocaram em pauta os principais desafios sindicais e da engenharia, o XII Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse) firmou a renovação dos compromissos de luta da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Realizado de 17 a 19 de setembro, em São Paulo, na sede do SEESP, o evento, além de colocar temas técnicos e políticos em discussão, elegeu a diretoria e aprovou o plano de atuação da entidade para o triênio 2025-2028.
A equipe eleita para esse próximo período, da qual tenho a honra de estar à frente, tem a enorme responsabilidade em dar sequência ao trabalho de apoio político e institucional aos 18 sindicatos filiados. São inúmeros e muito diversos, apesar de pautas comuns, os desafios presentes na representação e defesa dos engenheiros distribuídos pelas cinco regiões do País, atuantes nos setores público e privado e em todos os segmentos econômicos.
A disposição é envidar esforço coletivo efetivo para abordar todo esse universo, com suas especificidades, mas reforçando a meta que vale para todos. É fundamental que os profissionais em todo o Brasil estejam coesos e mobilizados em torno das entidades que os representam. A engenharia deve estar unida para ter força.
Somando-se à batalha sindical, a FNE manterá seu papel de agente ativo no debate acerca dos necessários avanços nacionais, especialmente por meio do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. Conforme lembrado e reforçado no nosso congresso, não há desenvolvimento sem engenharia e esta, por sua vez, não tem oportunidades sem investimentos e programas voltados ao crescimento e à geração de riqueza.
Mais do que nunca, a nossa federação está comprometida em contribuir com a expansão econômica do Brasil, mas absolutamente focada em premissas essenciais: preservação e distribuição de renda; a sustentabilidade ambiental e social é questão central em qualquer projeto para o País.
Tais preocupações são reforçadas também pela Carta do XII Conse, aprovada ao final da plenária. Esta destaca três questões candentes na atualidade: a demanda pela implementação de órgãos de Engenharia de Manutenção nas três instâncias administrativas; a adaptação das cidades aos eventos extremos causados pela emergência climática e urgência em ações de mitigação da degradação ambiental, o que remete à sustentabilidade da produção agropecuária; e os desafios e oportunidades trazidos pela novas tecnologias, a exemplo da inteligência artificial para a qual os engenheiros devem se qualificar e utilizar com extrema preocupação ética.
Nesse contexto de muito a se realizar, em que os engenheiros são fundamentais, destaca-se obviamente a valorização da categoria, que deve ter remuneração justa, condições adequadas de trabalho e autonomia técnica. Portanto, seguem presentes as bandeiras em defesa do salário mínimo profissional e da carreira pública de Estado.
Enfim, como propõe o documento final do XII Conse, lutemos juntos pelo País que almejamos e que os brasileiros merecem.
Eng. Murilo Pinheiro – Presidente do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo