Nos últimos dias, temos assistido a uma verdadeira tempestade em copo d’água em relação ao ministro Alexandre de Moraes. A falação que se vê, principalmente nas redes sociais e em determinados setores da sociedade, parece não ter fim. Mas a realidade é que não houve ilegalidade no caso das mensagens entre auxiliares de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o inquérito das fake news.
O que estamos presenciando é a reação de pessoas que, frustradas por não terem conseguido implementar um golpe de Estado, agora buscam qualquer pretexto para atacar um dos principais defensores da democracia. Alexandre de Moraes foi a linha de frente no enfrentamento das tentativas de golpe orquestradas por Bolsonaro e sua turma, e é exatamente por isso que ele é alvo de tanta fúria dos bolsonaristas.
A situação toda, na verdade, mais parece fofoca de assessor do que algo que mereça ser tratado com seriedade. Não há comparação possível entre o que aconteceu e o que vimos na Operação Lava Jato. Alexandre de Moraes não é Sérgio Moro. Ele não encomendou provas ilegais, não manteve relações espúrias com o órgão acusador, e muito menos dava dicas ao Ministério Público. O caso em questão envolve apenas mensagens entre auxiliares, sem qualquer implicação grave ou que pudesse desvirtuar o curso da justiça.
É preciso que tenhamos clareza sobre o que está em jogo. Atacar Alexandre de Moraes não é apenas atacar um ministro; é atacar a legalidade, a ordem democrática e, acima de tudo, a independência do Judiciário. Por isso, devemos seguir atentos e firmes na defesa dos valores que realmente importam, e não nos deixar levar por essas narrativas que buscam apenas confundir e dividir a sociedade.
Ricardo Patah é Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT)