A ideia é votar a privatização das empresas Sulgás, Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e Companhia Riograndense de Mineração em conjunto com o pleito de outubro. A CSB acompanha a votação que acontece nesta terça-feira (5), na Assembleia Legislativa.
Essa não é primeira vez que a CSB RS se manifesta contra o projeto privatista do governador José Ivo Sartori. Segundo Wagner Lopes Pinto, vice-presidente da CSB RS e servidor público há 40 anos na Companhia Riograndense de Mineração, uma das empresas ameaçadas de privatização, “a atuação da CSB tem sido fundamental para evitar que o planejamento de Sartori se concretize”.
Em 2017, o governador tentou aprovar o plebiscito, uma das etapas para a privatização, e não conseguiu votos suficientes. O poder executivo do estado quer usar a venda das estatais como barganha para que a União inclua o Rio Grande do Sul no regime de recuperação fiscal, que congelaria a dívida do estado e permitiria a contratação de outros empréstimos na rede privada.
O dirigente da CSB e funcionário público está na Assembleia acompanhando a votação e diz que a luta é manter as empresas públicas de forma séria e lucrativa. “As empresas têm que deixar de ser uma administração apenas pública e ser técnicas também, senão vem um governo como esse e quer derrubar. Desde que assumiu, essa é a intenção dele: sucatear para falar que elas são deficitárias e, então, privatizar”, diz.
Lopes Pinto explica que o governo perdeu o prazo para pedir o plebiscito a 150 dias da eleição e por isso tenta essa manobra. “Acredito que temos a maioria na casa hoje. A CSB está fazendo um trabalho incansável por essa causa”, reitera. A CSB segue acompanhando a votação e os desdobramentos dessa tentativa de Sartori de privatizar três estatais no Rio Grande do Sul.