A eleição da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes começou, nesta terça-feira (6), na sede do Sindicato, no Bairro da Liberdade, em São Paulo.
O atual presidente, Miguel Torres, lidera a Chapa 1 – “A Luta faz a Lei”. A votação acontece entre os dias 6 e 8 de agosto.
No voto, os metalúrgicos sindicalizados escolherão quem estará à frente da entidade neste próximo mandato.
Miguel Torres conclama a categoria para que posso exercer seu voto. “Esta é uma grande responsabilidade que está nas mãos de cada trabalhador e trabalhadora”, ressalta o sindicalista que acrescenta:
“É muito importante que os metalúrgicos participem e votem de forma consciente para ajudar a definir os rumos do Sindicato diante dos desafios que estão por vir.”
As urnas
Para garantir que todos tenham a oportunidade de participar, haverá urnas fixas nas principais fábricas. Outras passarão pelas empresas de forma itinerante. Também haverá urnas na sede e subsedes do Sindicato.
A seguir confira a biografia do presidente do Sindicato, Miguel Torres:
Miguel Eduardo Torres, uma biografia de lutas e conquistas!
Miguel Eduardo Torres nasceu em São Paulo, no dia 1 de outubro de 1958. É casado pela segunda vez e pai de três filhas. Começou na área metalúrgica aos 14 anos e trabalhou nas empresas Parafusos Jamberth, Indústria Coimbra, Honda Motor, Faróis Cibie e Indústria Eletrônica Cherry.
Desde o início, interessou-se pelas lutas contra as injustiças sociais e por melhores condições de trabalho para a classe trabalhadora e pela resistência democrática contra o regime autoritário no Brasil imposto pelo golpe de 1964.
Ativista sindical desde 1979, Miguel Torres tornou-se sócio do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes em outubro de 1982.
Desde então, ampliou sua presença nas mobilizações e greves da categoria por melhores salários, contra o arrocho salarial e o custo de vida, pelas Diretas Já (1984), pelas conquistas dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora na Constituição Federal de 1988, incluindo a jornada legal de 44 horas para todos os trabalhadores, que já havia sido conquistada em 1985 pelo Sindicato para a categoria metalúrgica.
Em 1991 participa da fundação da Força Sindical e, em 1992 da conquista dos 147% dos aposentados, da inauguração do Palácio do Trabalhador no bairro da Liberdade em São Paulo e do impeachment do então presidente Collor.
Em sua trajetória no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres participou da ação contra as perdas do FGTS (1993), da conquista da Convenção Coletiva para Proteção do Trabalho nas Prensas (1994), da greve andorinha contra as perdas salariais da URV (1994), da regulamentação pelo governo (1995) da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), antiga bandeira de luta do Sindicato, da greve geral de 1996, da unificação das bases de São Paulo e Mogi das Cruzes (1998), da inauguração do Centro de Solidariedade ao Trabalhador (1998) e da Fundação do Sindicato Nacional dos Aposentados (2000).
Miguel Torres ocupou os cargos de suplente de diretoria (a partir de 1997), 3º vice-presidente (a partir de agosto de 2001) e, em 2003, de secretário-geral interino. Em dezembro de 2004, foi eleito secretário-geral do Sindicato, assumiu a presidência em setembro de 2008 e foi eleito presidente nas eleições de 2008, 2012, 2016 e 2020.
Liderou a organização coletiva de campanhas salariais, unificadas e vitoriosas, inúmeros debates sindicais, trabalhistas, sociais, previdenciários, culturais e políticos, cursos de formação de Delegados Sindicais, ações de solidariedade, de saúde e segurança, das mulheres e jovens trabalhadores, dos grandes eventos do Primeiro de Maio, greves, assembleias, congressos, manifestações públicas locais, nacionais e internacionais e atos contra os juros altos, pela correção da tabela do Imposto de Renda, contra o desemprego, a fome e a exclusão social, contra o fascismo e pela democracia e o Estado Democrático de Direito, entre outros.
* 1998 – Foi um dos coordenadores da Campanha contra a Fome – de Arrecadação e Distribuição de Alimentos aos Irmãos Nordestinos.
* 2000 – Foi um dos coordenadores da Marcha para Brasília pelo pagamento das perdas do FGTS e pela política permanente de valorização do Salário Mínimo.
* 2002 – Foi membro titular do Conselho Nacional da Assistência Social (CNAS).
* 2007 – Foi um dos coordenadores da 4ª Marcha dos Trabalhadores para Brasília, com o lema “Mais e Melhores Empregos”, a participação de 40 mil trabalhadores e as seguintes reivindicações: jornada de 40h sem redução salarial, ratificação da Convenção 151 da OIT pelo direito de organização e de negociação coletiva do trabalho no setor público e da Convenção 158 da OIT contra as demissões arbitrárias, sem justa causa (demissão imotivada).
* 2009 – Coordenou o 11º Congresso dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, evento histórico para a categoria e para o movimento sindical brasileiro – reunindo 1.300 delegados sindicais, de 500 empresas, no Palácio do Trabalhador, em São Paulo, em junho de 2009. Este Congresso instituiu o 17 de janeiro como “Dia do Delegado Sindical”, em homenagem a Manoel Fiel Filho, metalúrgico assassinado pela ditadura militar em 1976. Participa da 6ª Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília.
* 2009 – Miguel Torres, no 6º Congresso da Força Sindical, realizado em julho, foi eleito vice-presidente da central sindical.
* 2010 – Foi um dos coordenadores da 2ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
* 2011 – Em dezembro deste ano é eleito presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e reeleito em 2015 e 2019.
* 2012 – Foi um dos idealizadores do movimento “Grito de Alerta – Em defesa da Produção e do Emprego”, que reuniu trabalhadores, sindicalistas e empresários em atos contra a desindustrialização do País.
* 2013 – Assumiu a presidência da Força Sindical de outubro de 2013 a janeiro de 2016. Participa da 7ª Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília.
* 2014 – Liderou a 8ª Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília e outras manifestações do movimento sindical unificado em defesa da Pauta Trabalhista: contra as terceirizações, pelo fim do Fator Previdenciário e pela redução da jornada de trabalho para 40h, sem redução salarial
* 2015 – Coordenou em outubro deste ano, em São Paulo, o Seminário Nacional do Setor Metalúrgico da CNTM, com debates sobre “O Brasil diante da Desindustrialização e o Ajuste Fiscal, Desafios atuais e futuros do Movimento Sindical, Desempenho da Indústria Metalúrgica no Brasil” e lançamento da proposta de Renovação da Frota de Veículos.
* 2016 – Idealizou a participação de dirigentes sindicais em Mariana, Minas Gerais, no 28 de Abril – Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
* 2017 – Criou, juntamente com outros líderes metalúrgicos de todo o País e de todas as centrais sindicais, o movimento Brasil Metalúrgico, ampliando as lutas de resistência contra os ataques à estrutura sindical e contra os ataques aos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora e em defesa da industrialização do País e das ações de solidariedade entre todas as bases metalúrgicas. Participa da Marcha a Brasília contra as “reformas” da Previdência e trabalhista e contra a terceirização.
* 2018 – Em 5 de junho, Miguel Torres reassumiu a presidência da Força Sindical e, juntamente com os outros líderes da Força Sindical e demais centrais, encaminhou a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora por Democracia, Soberania e Desenvolvimento, com Justiça Social, Trabalho e Emprego no Brasil para inúmeras lideranças políticas, empresariais e institucionais do País.
* 2019 – Discursou na 108ª Conferência Internacional da OIT em Genebra, representando as centrais sindicais brasileiras e apontando os retrocessos da reforma trabalhista de 2017, que não gerou os milhões de empregos prometidos, precarizou as relações de trabalho e ampliou a informalidade e a pobreza no Brasil.
* 2020 – Torna-se diretor da IndustriAll-Brasil, entidade fundada em novembro de 2020 pelas centrais Força Sindical e CUT.
* 2021 – Em 8 de dezembro deste ano, Miguel Torres é eleito presidente da Força Sindical, com 95,58% dos votos, no 9° Congresso da central que conta com cerca de 1.800 entidades filiadas, representando em torno de 12 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em todo o Brasil.
Autor do slogan “A Luta faz a Lei”, Miguel Torres é um dos principais líderes sindicais do País nas lutas unificadas de resistência em defesa dos direitos sociais, trabalhistas, sindicais e previdenciários da classe trabalhadora e da retomada do desenvolvimento econômico, com geração de empregos de qualidade e trabalho decente para todos e todas.
Defendeu a vacinação urgente e eficaz para todos contra a Covid-19, o auxílio emergencial de R$ 600 reais mensais até o fim da pandemia e o Programa de Proteção ao Emprego e à Renda.
É defensor de investimentos nos setores produtivos, das frentes de trabalho emergenciais contra a crise, da valorização do SUS e dos profissionais da área de saúde pública.
Em 2022, Miguel Torres esteve à frente da organização da Conferência da Classe Trabalhadora, a Conclat, realizada em 7 de abril pelas centrais sindicais com a aprovação da Pauta da Classe Trabalhadora, entregue a lideranças políticas progressistas e a instituições democráticas, em um esforço nacional para o País sair da crise, a partir da retomada do desenvolvimento econômico sustentável, com geração de empregos de qualidade, renda e inclusão social.
Miguel Torres foi o porta-voz do movimento sindical e da classe trabalhadora em 11 de agosto de 2022, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), em São Paulo, no ato da leitura da “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito” e do manifesto de entidades pela Democracia e Direitos.
Miguel Torres participa, organiza e incentiva campanhas de solidariedade às pessoas que estão passando fome, frio e outras necessidades e defende uma representatividade maior da classe trabalhadora nos governos e parlamentos para que as reivindicações populares e sociais se transformem em políticas públicas efetivas e garantam definitivamente uma vida digna para todos!
Nas eleições gerais de outubro de 2022, para deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente, Miguel Torres defendeu o voto em quem tem compromisso com a pauta da classe trabalhadora, que é a maioria da sociedade brasileira.
Neste sentido, Miguel Torres foi um dos principais defensores e divulgadores da candidatura Lula a presidente da República, com Alckmin vice, uma importante frente de partidos e expressivo apoio dos mais variados setores progressistas: entre eles os movimentos sindicais e sociais, as lideranças desenvolvimentistas, do esporte, do conhecimento e da cultura.
Todos, enfim, unidos contra a violência, o fascismo, o racismo, a misoginia, o genocídio, os preconceitos e assédios, a exclusão social, o desemprego e os ataques aos direitos da classe trabalhadora e contra os crimes de coação eleitoral, perseguição política, notícias falsas (fake news) e ataques à democracia e às instituições democráticas.
Miguel Torres integra o grupo Trabalho de transição para o governo Lula.
Em 2023, a categoria metalúrgica conquista reajuste salarial, com aumento real, abonos e conquistas da Convenção Coletiva.
O ano de 2023 foi o início da retomada do desenvolvimento do País, de resistência democrática, e de avanços importantes como a lei que prevê a volta da política de valorização do salário mínimo e a lei da igualdade salarial entre mulheres e homens. O Ministério do Trabalho e Emprego, em fase de reestruturação, voltou a ser protagonista em ações contra o trabalho escravo e/ou análogo à escravidão e contra todas as formas de exploração do mundo do trabalho.
Miguel Torres integrou a comitiva do governo brasileiro à China e aos Estados Unidos. O presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato é membro do Conselhão e do Consea, do governo Lula.
O ano de 2023 também foi marcado por inúmeras audiências de representantes sindicais, liderados por Miguel Torres, com o governo, ministérios, instituições e líderes políticos e sociais, para reforçar a pauta da classe trabalhadora e as reivindicações por mais empregos, direitos e justiça social para o povo brasileiro.
Em 2024, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo continua atuante e representativo nas lutas diárias em defesa dos empregos, direitos, benefícios e condições dignas de trabalho para a categoria metalúrgica.
Tivemos expressiva presença na organização do Março Mulher, no 28 de Abril (Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho) e no 1º de maio unificado das centrais sindicais no Itaquerão com presença do presidente Lula.
Diante da tragédia climática no Rio Grande do Sul, o Sindicato organizou uma campanha de arrecadação de donativos e envio para os nossos irmãos gaúchos.
Amaro na Esquadrias Met. ADRIAO