Com o apoio dos oito mil trabalhadores de postos de combustíveis e de lojas de conveniência do estado do Rio de Janeiro, a diretoria do SINPOSPETRO-RJ retoma a negociação salarial da categoria nesta quarta-feira (31).
Após uma semana de intenso trabalho de conscientização com os frentistas, o presidente do sindicato e coordenador do processo negocial, Eusébio Pinto Neto, espera avançar com as reivindicações.
Neste ano, apenas são discutidas as cláusulas econômicas da convenção coletiva 2023/2025. Além do aumento real nos salários, o sindicato luta por um aumento justo e significativo no vale-alimentação.
De acordo com Eusébio Neto, os trabalhadores estão expostos a agentes químicos e, por isso, necessitam de uma boa alimentação.
O sindicato também reivindica a criação da função caixa. O funcionário que receber o pagamento do cliente terá direito a um adicional mensal de 50% da sua remuneração, devido à atividade que exerce.
A entidade pleiteia, ainda, assistência médica ambulatorial, uma antiga reivindicação da categoria.
O sindicato quer que as empresas concedam aos funcionários e seus familiares um plano médico ambulatorial gratuito.
Sem acordo
Os patrões oferecem como reajuste o índice de inflação acumulado no período entre junho de 2023 e maio de 2024.
O presidente do SINPOSPETRO-RJ exige um aumento salarial justo, de acordo com a política de valorização do salário mínimo, que leva em conta a inflação acumulada no período, mais a taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país.
“O Brasil atravessa um momento econômico favorável, com o aumento da renda do trabalhador e do emprego. Sendo assim, não podemos permitir que o frentista fique de fora dessa realidade. Não vamos nos curvar nem retroceder. O frentista merece respeito, por ser quem fideliza os clientes e alavanca os lucros das empresas”, afirmou.
Eusébio Neto diz que, enquanto perdurar a negociação, os trabalhadores devem ficar mobilizados, atentos às convocações do sindicato e cobrar dos patrões melhores salários.
Leia também: Programa “Valorizando a Inclusão” vai ampliar contratações de pessoas com deficiência nas metalúrgicas