PUBLICADO EM 28 de maio de 2024
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Prefeitura de Santos tem déficit de recursos humanos

Descubra as dificuldades do déficit de recursos humanos na prefeitura de Santos, em especial na área de saúde. Saiba mais agora!

Prefeitura de Santos tem déficit de recursos humanos

Na foto, Fábio Pimentel e Daniel Gomes (óculos), presidente e diretor de comunicação do Sindest, mais a técnica de farmácia Vitória Santos debatem sobre o déficit de recursos humano

A prefeitura de Santos tem déficit de recursos humanos em diversos setores de atendimento à população, principalmente na área de saúde, diz o presidente do Sindest, Fábio Pimentel.
Sindest é o sindicato dos 11 mil servidores estatutários e 7 mil aposentados do executivo e legislativo municipais.

O sindicalista falou em programa ao vivo pelo Facebook, Youtube e Instagram sobre o déficit de recursos humanos.

Foi na noite de segunda-feira (27), quando recebeu a técnica de farmácia Vitória Santos, que relatou as dificuldades no exercício da profissão nas 33 unidades de saúde da prefeitura.

Falta recorrente

De acordo com ela, que entregou detalhado relatório dos problemas a Fábio e seu diretor de comunicação, Daniel Gomes, há somente 18 técnicos, quando deveria haver pelo menos o dobro.

O presidente do sindicato ponderou que a falta de servidores em outras secretarias é recorrente e defendeu a necessidade de preenchimento das vagas para evitar sobrecarga de trabalho.

Vitória explicou que o relatório foi feito em conjunto com outros colegas e disse que o excesso de trabalho apontado por Fábio prejudica os profissionais física e emocionalmente.

Sem tempo

“Não temos tempo para nos alimentar adequadamente, as refeições são feitas às pressas. Não dá nem para beber água direito e vivemos adiando as idas ao banheiro”, reclamou a convidada.

De acordo com ela, a função é relativamente nova na prefeitura, criada em 2014: “A administração desconhece as atividades do pessoal. Nem metade das unidades têm técnicos de farmácia”.

Vitória lembrou que os profissionais são responsáveis por distribuir os remédios receitados pelos médicos aos pacientes. E frisou que um erro pode ter graves consequências à saúde da pessoa.

Sem chefia

A técnica argumentou que os colegas são altamente qualificados, havendo quem tenha doutorado. Ela mesma é formada em farmácia e mestranda pela Unifesp.

Conforme explicou, em várias cidades a situação é bem melhor que em Santos. Citou como exemplo a vizinha Praia Grande, onde há 37 profissionais da área.

Vitória lamentou que, em Santos, o pessoal não tem nem chefia a quem recorrer. Muitas vezes, a função é exercida por técnicos de enfermagem ou outros profissionais de saúde.

Na próxima, os bibliotecários

As principais reivindicações dos técnicos de farmácia, conforme revelou, são a mudança de letra por reclassificação, diminuição da carga horária e pagamento da ‘gid’ (gratificação de incentivo de desempenho).

Daniel disse que a sociedade precisa saber a que custo os profissionais da prefeitura atendem a população. E defendeu ampla reforma administrativa na prefeitura.

A ‘live’, mediada pelo jornalista Willian Ribeiro, está disponível na rede social do Sindest. A da semana que vem será com bibliotecários, que também reivindicam reclassificação por mudança de letras.

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