PUBLICADO EM 02 de fev de 2024
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Professores de Fortaleza fazem pressão por reajuste de 10,09%

Trabalhadores ocupam a Câmara na abertura dos trabalhos legislativos em 2024, que contou com a participação do prefeito José Sarto

Professores de Fortaleza fazem pressão por reajuste de 10,09%

No dia 01 de fevereiro, os professores de Fortaleza, conduzidos pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), ocuparam a Câmara Municipal em protesto pelo reajuste salarial de 10,09%.

Pressão por reajuste

A mobilização coincidiu com a abertura dos trabalhos legislativos, que contou com a participação do prefeito José Sarto.

A cerimônia atrasou e foi completamente reformulada por conta do ato público dos trabalhadores.

O presidente, Wil Pereira; o secretário de administração, Emanuel Lima, e a secretária de cultura Gardênia Baima representaram a CUT Ceará.

Visivelmente constrangidos, prefeito e vereadores da base aliada do gestor ouviram palavras de ordem como:

“Professor na rua, prefeito a culpa é sua” e “Vereador, presta atenção, tenha vergonha e defenda a educação”.

O Ato na Câmara dos Vereadores marcou assim a maior mobilização já vista no parlamento municipal.

Além do aumento salarial, os milhares de profissionais da educação exigem:

  • o fim do desconto de 14% nos salários dos aposentados e
  • o pagamento do precatório do antigo Fundef, pendente desde 2015.

Outras reivindicações incluem a garantia de direitos iguais para os docentes aprovados no concurso de 2022, que perderam os benefícios dos anuênios e da licença-prêmio.

Os profissionais também demandam:

  • a inclusão dos funcionários de escola no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Educação,
  • a aplicação da CLT para os professores substitutos, e
  • a realização de concursos públicos para professores, técnicos, supervisores e orientadores.

Vereador ofende professores

Durante a sessão solene, o vereador Inspetor Alberto, em desacordo com a manifestação da categoria, proferiu insultos aos professores, chamando-os de “vagabundos”.

Ana Cristina Guilherme, presidenta do Sindiute, presente no plenário, enfrentou os ataques do parlamentar e foi alvo de ofensas.

A vereadora Ana Paula Brandão, que liderava protesto da enfermagem, também sofreu ofensas.

Em meio a situação, a sessão foi suspensa pelo presidente da Casa, Gardel Rolim.

Calendário da luta

O calendário de paralisações está previsto até sexta-feira, 02/02, quando está agendada uma nova reunião de negociação com o prefeito José Sarto.

Uma nova assembleia também será realizada na sexta-feira para avaliar os resultados da reunião com o município.

Apesar de hoje ser o terceiro dia letivo, as escolas permanecem paradas devido à mobilização dos educadores.

Fonte: CUT

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