Em Assembleia Geral de Campanha Salarial realizada na Regional Diadema em 18/10, organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os metalúrgicos e metalúrgicas do ABC aprovaram por unanimidade os acordos negociados pelo Sindicato com as empresas da região. O reajuste salarial, resultado das negociações, corresponde a 6,14%, sendo 4,06% de INPC acrescido de 2% de aumento real. Com essa aprovação, mais de 9,7 mil trabalhadores terão o aumento em seus salários.
Além do reajuste salarial, os trabalhadores aprovaram uma contribuição negocial de 4%. As empresas que aceitaram o acordo também renovarão a Convenção Coletiva de Trabalho. O Sindicato recebeu autorização para negociar com outras empresas dentro dos mesmos parâmetros aprovados.
Mobilização sindical
A mobilização sindical visa pressionar os patrões que não chegaram a um acordo satisfatório. Como parte dessa estratégia, o Sindicato iniciará paralisações nas demais empresas a partir de hoje, conforme decidido na Assembleia.
Durante a reunião, os representantes sindicais enfatizaram a necessidade de valorização dos trabalhadores. O secretário-geral da FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), Ângelo Máximo Pinho, destacou a importância da disposição de luta dos trabalhadores para garantir melhores condições salariais.
“Os patrões continuam com a mesma postura desde o início das negociações. Nossa mobilização enriquece muito o papel do movimento sindical e o da Federação. Com certeza, com a disposição de luta de vocês, vamos buscar os 2% de aumento nas demais empresas”, afirmou Pinho.
Responsabilidade do sindicato
Os coordenadores das regionais Diadema, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e São Bernardo ressaltaram a responsabilidade do sindicato em proteger os empregos e melhorar as condições dos trabalhadores. Eles enfatizaram que as empresas que não concederem o aumento de 2% também serão alvo de paralisações para garantir que os salários sejam valorizados e as perdas do período, recuperadas.
A mobilização dos metalúrgicos do ABC demonstra a união da categoria na busca por salários dignos e melhores condições de trabalho. O Sindicato continuará negociando com as empresas que ainda não chegaram a um acordo satisfatório, com o compromisso de lutar pelos direitos e interesses dos trabalhadores da região.